segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Amigo pessoal do Papa Francisco ministra conferência em Fortaleza

O  Prof. Dr. Guzmán Carriquiry Lecour, vice- presidente da Pontifícia Comissão para América Latina, nomeado pelo Papa Francisco em maio de 2014, participará de Conferência promovida pela Comunidade Católica Shalom e Arquidiocese de Fortaleza. O encontro acontecerá  na Assembleia Legislativa, dia 3 de novembro, às 19h, no Auditório João Frederico Ferreira Gomes. Na oportunidade, o professor falará sobre, “O Pontificado do Papa Francisco: as surpresas de Deus, a alegria do Evangelho e a esperança dos povos”. A mesma conferência será ministrada no Rio de Janeiro e Brasília.
Papa Francisco e o Professor Gúzman.
Papa Francisco e o Professor Gúzman.
Carriquiry trabalha há mais de 40 anos na Santa Sé e foi colaborador ativo e próximo de Paulo VI, João Paulo I, São João Paulo II e Bento XVI. Amigo e colaborador próximo do Papa Francisco desde o tempo como Arcebispo de Buenos Aires. Foi nomeado por este Pontífice, Secretário encarregado da Vice-Presidência da Comissão para a América Latina, sendo, por conseguinte, o primeiro leigo a ocupar um cargo desta importância no Vaticano.
Professor Gúzman.
Professor Gúzman.
Durante visita à Fortaleza, Carriquiry visitará a Comunidade Católica Shalom, a fim de conhecer mais profundamente suas atividades espirituais e de promoção humana. Para Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Shalom, tratar-se-á de uma visita de profundo e mútuo enriquecimento: “há cerca de vinte anos o professor Carriquiry conhece a Comunidade Católica Shalom e nesta segunda vez em que ele nos visita, poderemos aprofundar o grande dom de Deus que é o pontificado do Papa Francisco através de alguém que não somente é próximo do Papa, como também tem acompanhado com olhar atento a história da Igreja nos seus últimos quarenta anos. É preciso lembrar que esta visita ocorre em momento muito oportuno: o Jubileu da Misericórdia. Tempo no qual a Comunidade busca, através das suas obras de Evangelização e Promoção Humana, corresponder ao convite do Papa de sermos Misericordiosos como o Pai. Aprofundaremos, assim, os laços de amizade que nos unem”.

Mais informações:

Professor Guzmán Carriquiry Lecour – nasceu em Montevideo (Uruguai) no ano de 1944. Completou seus estudos na Universidade da República, em Montevideo, na qual se graduou com o título de Doutor em Direito e Ciências Sociais.
Participou como expert, por duas designações pontifícias, em quatro Assembleias Gerais do Sínodo Mundial de Bispos e participou como perito em três Conferências

Prefeitura continuará multando e apreendendo carros do Uber, diz RC

Em 1ª entrevista após ser reeleito, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) disse neste domingo, 30, que a Prefeitura continuará multando e apreendendo veículos do Uber em Fortaleza. Abertamente contra o serviço, o prefeito foi alvo de diversas críticas durante a campanha pela posição.
“Nada mudou depois da campanha. Vamos continuar como estávamos. Vamos multar, apreender”, disse. O adversário de RC na disputa, Capitão Wagner (PR), defendia regulamentação do serviço.
O gestor, por outro lado, afirma que o serviço promove concorrência desleal contra taxistas. “O Uber é uma empresa americana, que não paga impostos e explora motoristas brasileiros”, disse na campanha. RC disse não saber se o serviço será alvo de alguma ação restritiva mais específica da Prefeitura.
Atualmente, ação civil pública da Defensoria Pública questiona apreensões feitas pela gestão. “A utilização da plataforma Uber atende aos fins sociais preconizados pela Carta Magna de 1988 e pela política de geração de empregos que a economia do País deveria seguir”, argumenta a defensora Alexandra Rodrigues de Queiroz.

Novo secretário-geral da ONU diz a Temer que Brasil é exemplo de direitos humanos

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em reunião com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, destacou o caráter democrático do país e disse que o Brasil é um exemplo da defesa dos direitos humanos. "O Brasil é um país democrático, comprometido com os direitos humanos e com uma política externa independente", disse, conforme informações divulgadas pela assessoria de imprensa do governo.
Guterres afirmou ainda que o Brasil "demonstra ao mundo que os diretos humanos devem respeitados pelo seu valor, e não em razão de objetivos políticos ou militares". "Esse é o papel que o Brasil pode desempenhar em um mundo que caminha para a multipolaridade: demonstra a universalidade dos direitos humanos e a importância do diálogo para a solução dos problemas globais", completou.
Guterres, que é português e foi aprovado por unanimidade para o cargo no último dia 13, vai suceder o sul-coreano Ban Ki-moon em janeiro, disse ainda que Brasil e Argentina têm as leis mais avançadas de proteção a refugiados.
Bilaterais
Além de reunião com o novo secretário-geral da ONU, Temer recebeu os presidentes de países de língua portuguesa, que estão no País para a XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Segundo informações do Planalto, durante a conversa que Temer teve mais cedo com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, foi tratada a situação econômica dos dois países. O presidente português teria comentado com o brasileiro sobre a reforma da Previdência Social feita no país europeu e dito que ela foi "crucial". Sousa comentou ainda, segundo informações da assessoria de Temer, que em Portugal os dias de greve não são pagos.
O presidente brasileiro destacou ao seu colega a aprovação da PEC do teto dos gastos e também falou sobre a proposta da reforma da previdência que pretende implementar, assim como de algumas parcerias público-privadas.
Temer e o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, assinaram acordo com o propósito de estabelecer e explorar serviços aéreos entre os dois países.
Já na conversa com o vice-presidente de Angola, Manuel Domingos Vicente, os dois trataram da importância de estreitar relações entre os dois países e que a CPLP é um bom espaço para isso. O angolano agradeceu o terreno que o Brasil concedeu em Brasília para construção da nova sede da Embaixada de Angola.
Depois, com o presidente do Timor Leste, Taur Matan Ruak, foram discutidas oportunidades de cooperação técnica, em especial na área de defesa e educação. Temer destacou que Brasil quer manter relação de "muita proximidade" com o Timor e cumprimentou o país pelo trabalho na presidência da CPLP nos últimos dois anos e disse que esta será a primeira vez desde 2008 que um chefe de Estado brasileiro participa da reunião da comunidade.

LEVANTAMENTO IMLs em todo o país sofrem com carência de pessoal e equipamentos, diz CFM

Os institutos médico-legais (IMLs) funcionam atualmente em todos os estados brasileiros e somam mais de 381 unidades no país – 35 nas capitais, 29 em regiões metropolitanas e 317 no interior. Os números, entretanto, não significam acesso de qualidade da população a esse tipo de serviço, segundo levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e obtido com exclusividade pela Agência Brasil.
O diagnóstico apresentado pelo órgão inclui pontos que chamam a atenção, como a carência de pessoal, de equipamentos mínimos e também de ponta e de capacitação. O levantamento constatou ainda a falta de diversos serviços. Nas unidades de criminalística das capitais, por exemplo, os piores déficits se concentram nos serviços de psicopatologia (ausentes em 70%), psicologia (ausentes em 59%) e radiologia (ausentes em 52%).
Em entrevista à Agência Brasil, a especialista em Medicina Legal e Perícia Médica, membro da câmara técnica do CFM dedicada ao tema, Rosylane Mercês Rocha, lembrou que o IMLs são responsáveis por realizar exames periciais em cadáveres de indivíduos que morreram vítimas de algum tipo de violência e também em pessoas vivas vinculadas a um registro de ocorrência junto à polícia civil, sejam elas vítimas ou acusadas.
“O que mais chama atenção no estudo é a necessidade de pessoal, ou seja, a contratação de concurso público para ampliar as equipes de perito. Há também a parte tecnológica e a necessidade de se investir em aparelhos e, claro, na capacitação para o manuseio desses aparelhos e de novas tecnologias”, explicou.
Interiorização
Rosylane destacou que o acesso a serviços de IML não está interiorizado no Brasil e que o país carece de mais unidades em praticamente todos os estados para prestar atendimento adequado. O estudo mostra que o Amazonas, apesar do tamanho, conta com apenas um IML, localizado na capital, Manaus. Acre, Alagoas e Maranhão também integram a lista de estados onde há o que ela chama de "vazio de serviços".
“Algumas unidades são excelentes, como o IML de Fortaleza. Mas essa não é a realidade do país, que é caótica. Não há a mínima condição de trabalho, como câmara frigorífica que seja adequada à manutenção de corpos. No Rio de Janeiro, em junho deste ano, funcionários do IML tiveram que transportar corpos para Caxias e Novas Iguaçu porque a câmara estava quebrada e não tinham onde colocar os cadáveres. Isso é muito básico dentro do serviço".
Serviços
A especialista lembrou que os resultados de provas periciais auxiliam as polícias de todo o país a desvendar crimes e mortes violentas. Para ela, os IMLs prestam um grande serviço para a população, seja sob o aspecto legal, social e também epidemiológico. “É uma área de capital importância, mas que precisa de investimento em pessoal, compra de equipamentos como aparelhos para estudo genético, tomógrafos e para ressonância. Isso além de uma série de insumos, reagentes e material cirúrgico para realização de necrópsia”, concluiu.

SEGUNDO BANCO CENTRAL Redução do endividamento público depende dos resultados das contas públicas

A reversão do crescimento do endividamento público depende do retorno dos resultados positivos das contas públicas e da volta do crescimento da economia. A avaliação é do chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, que apresentou nesta segunda-feira, 31, em Brasília, os resultados das contas públicas de setembro.

Para Rocha, o retorno dos resultados positivos das contas públicas e do crescimento econômico levará à estabilidade da dívida e posteriormente à redução do endividamento. Entretanto, essa redução ainda levará alguns anos para acontecer.

Ele lembrou que 2016 será o terceiro ano seguido com déficit primário, formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros. E, no próximo ano, ainda há previsão no orçamento de resultado negativo de R$ 139 bilhões. Em 2016, a meta é de um déficit de R$ 163,9 bilhões.

Setor público tem déficit primário de R$ 26,643 bilhões


Em setembro, o setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou déficit primário de R$ 26,643 bilhões, o maior para o mês na série iniciada em dezembro de 2001. Nos nove meses do ano, o resultado negativo chegou a R$ 85,501 bilhões, também recorde para o período.

Rocha destacou que os resultados deficitários parecem estar em linha com a programação fiscal do governo para o ano. “O resultado primário vem mantendo sua trajetória de déficits, derivado fundamentalmente da atividade econômica”, disse. Ele explicou que, com a queda da economia, há redução da arrecadação e de impostos, enquanto as despesas seguem em trajetória de crescimento.

A dívida líquida do setor público - balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – somou R$ 2,699 trilhões em setembro, o que corresponde a 44,1% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), contra 43,3% de agosto.

A dívida bruta, que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais, atingiu R$ 4,329 trilhões ou 70,7% do PIB, com elevação de 0,6 ponto percentual em relação a agosto.

A previsão do BC é que neste mês a dívida líquida chegue a 45,4% do PIB. No caso da dívida bruta, a estimativa é de crescimento para 71,3% do PIB.

Wagner não descarta candidatura ao Governo do Estado

A derrota na campanha pela Prefeitura de Fortaleza parece ter tido gosto de vitória ao deputado estadual Capitão Wagner (PR). Alcançando quase 600 mil votos numa disputa com o prefeito Roberto Cláudio (PDT), ele chegou ao comitê aclamado pelos eleitores, que pediam: “Capitão governador”.
Embora tenha ponderado ser “muito cedo para discutir 2018”, Wagner não descartou possibilidade de candidatura ao Governo do Estado. “Se for realmente o nosso destino disputar a eleição de 2018 para qualquer cargo, coragem a gente tem”, afirmou.

No seu discurso de despedida da campanha, ele deu sinais de que a expectativa do público era possível. “Ontem, um amigo meu que é líder religioso me disse assim: ‘Se o senhor não ganhar esta eleição é porque Deus tem um plano maior para o senhor’”, contou.

A seu lado no palanque, o candidato a vice Gaudêncio Lucena afirmou mais de uma vez que nasceu, ontem, “um novo líder político no Ceará”. “Nós ainda vamos ver esse jovem não só na Prefeitura, mas no Governo e no Senado.”

Presidente do PMDB no Ceará, o senador Eunício Oliveira disse que “2018 será discutido em 2018”, mas não descartou apoio à candidatura. “Em 2018, nós teremos duas vagas pra senador, uma vaga pra vice-governador, uma vaga pra governador aqui no estado do Ceará e ainda temos Presidente da República”, disse.

Os peemedebistas defenderam o fim da reeleição e criticaram os Ferreira Gomes. A perspectiva, segundo Wagner, é que a aliança com o PMDB e o PSDB permaneça até lá.

Discurso agressivo
Diferentemente do domingo do primeiro turno, em que Wagner afirmou que, a cada ataque do adversário, daria “um abraço”, a fala de ontem revelou tom mais agressivo. Embora tenha comemorado resultado e afirmado que representou um “ganho político indiscutível”, ele atacou RC e criticou cobertura da imprensa e pesquisas eleitorais.

Ao ser questionado se achou a eleição justa, Wagner destacou que enfrentou “a campanha mais rica do País, na cidade mais desigual do mundo”. “O poder econômico preponderou, nas redes sociais houve muitas calúnias contra minha imagem”, disse.

Também referiu-se ao prefeito como “mentiroso” e prometeu cobrar cumprimento das promessas dele, além de continuar defendendo as suas pautas de campanha.

ELEIÇÕES 2016 Após contagem de votos, eleição para prefeito segue indefinida em 146 cidades

Concluído o processo eleitoral, 146  dos 5.568 municípios brasileiros ainda não sabem quem assumirá o cargo de prefeito no ano que vem. São as cidades em que os candidatos mais votados continuam com registro de candidatura pendente de decisão final na Justiça Eleitoral.
É o caso, por exemplo, do prefeito reeleito de Niterói (RJ), Rodrigo Neves (PV), que obteve mais de 58,59% do votos válidos (130.473) ontem (30), no segundo turno, mas possui um recurso contra o registro de sua candidatura pendente de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O estado com o maior número de municípios cujo candidato vencedor corre o risco de ser cassado, antes mesmo de assumir, é São Paulo, com 26 cidades nessa situação.
O TSE tem até o dia 19 de dezembro, data da diplomação dos candidatos eleitos, para proferir uma decisão sobre todos esses casos. Segundo a assessoria do tribunal, tal prazo será cumprido, de modo a não provocar insegurança jurídica a respeito de quem de fato assumirá as prefeituras.
Se o candidato vencedor da eleição tiver sua candidatura impugnada, os votos recebidos por ele são computados como nulos e assume o segundo mais votado.
É o caso de Salto de Jacuí (RS), onde Lindomar Elias (PDT), apesar de ser alvo de três condenações judiciais, conseguiu manter seu nome nas urnas e acabou eleito no primeiro turno, antes da decisão final do TSE, Na última quinta-feira (27), o órgão cassou o registro do candidato, dando a vitória ao segundo colocado, Nico (PP).
“Esse caso é um exemplo de como talvez o Congresso Nacional tenha que repensar o prazo do julgamento dos recursos de registro de candidatura. Essa hipótese é, nitidamente, a de uma pessoa que não poderia ter concorrido às eleições”, afirmou o ministro relator do caso no TSE, Henrique Neve, durante o julgamento.
Eleições suplementares
Em algumas cidades, os eleitores podem inclusive ser obrigados a voltar às urnas. De acordo com o Código Eleitoral (Lei 4.737/65), se os votos nulos ultrapassarem os 50% do número total de votos, a Justiça Eleitoral tem de 20 a 40 dias para marcar a data de um novo pleito, a chamada eleição suplementar.
A situação se repete a cada eleição municipal, mas este ano foi agravada, segundo o presidente do TSE, Gilmar Mendes, pela redução do tempo de campanha de 90 para 45 dias, o que afetou também os prazos para o registro das candidaturas.
“Com o encurtamento do prazo, nós tivemos problemas com os registros, muitos deles, a maioria, não chegaram ainda ao Tribunal Superior Eleitoral, e alguns ainda sequer foram votados nos Tribunais Regionais Eleitorais, então temos um quadro de insegurança”, disse Mendes ao apresentar o balanço do segundo turno das eleições.
O presidente do TSE sugeriu que talvez seja preciso antecipar o prazo com uma "fase de pré-registro", para que já ocorressem as impugnações e as apreciações, a fim de evitar as instabilidades no processo eleitoral.

Defensoria pública quer liberação do Uber em Fortaleza

A Defensoria Pública do Estado do Ceará, por meio do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas (NDHAC), ingressou com uma ação civil pública que visa a liberação e o livre exercício do aplicativo Uber em Fortaleza. O aplicativo, presente em 37 países, oferece um serviço semelhante ao táxi tradicional, conhecido popularmente como serviços de “carona remunerada”, onde a reserva é feita diretamente no celular usando a geolocalização.
A defensora pública responsável pela ação, Alexandra Rodrigues de Queiroz, enfatiza a legalidade do serviço: “A utilização da plataforma Uber atende aos fins sociais preconizados pela Carta Magna de 1988 e pela política de geração de empregos que a economia do País deveria seguir, pois é uma forma de inclusão no mercado de trabalho, gerando emprego e renda aos trabalhadores, bem como um benefício para a economia e para os consumidores. Inclusive, se encontra em consonância com o Marco Civil da Internet.”
Com a ação civil pública movida pela Defensoria Pública, caso o pedido seja apreciado pelo juiz correspondente, a liminar beneficiará todos que prestam este serviço.
Liminares
Em Fortaleza, a Justiça já concedeu duas liminares que autorizam motoristas que entraram individualmente na Justiça a exercerem suas funções sem fiscalização e perigo de terem seus carros apreendidos. A primeira decisão foi concedida pelo juiz Roberto Ferreira Facundo, da 29ª Vara Cível de Fortaleza, que negou a liminar pleiteada pelo Sindicato dos Taxistas e dos Condutores Autônomos de Veículos de Passageiros da Grande Fortaleza (Sinditaxi) que buscava a proibição do serviço.
A segunda liminar, concedida pela juíza Nádia Maria Frota Pereira, da 12ª Vara da Fazenda Pública, determina, por meio de um mandado de segurança, que a Prefeitura de Fortaleza, a Guarda Municipal de Fortaleza e a Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza (Etufor) não impeçam a atividade do profissional da empresa de transporte.

TRAGÉDIA Acidente entre ônibus e caminhão deixa pelo menos 20 mortos no Paraná

Um acidente entre um ônibus com pacientes do município de Altônia e um caminhão carregado de leite deixou ao menos 20 mortos e vários feridos, na manhã desta segunda-feira, 31, na rodovia PR-323, em Cafezal do Sul, no noroeste do Paraná. De acordo com o G1, as mortes foram confirmadas pelo aspirante Felipe Pacheco, do Corpo de Bombeiros de Umuarama.
Entre vítimas fatais, 19 morreram carbonizadas, incluindo o motorista do caminhão, e outra chegou a ser atendida com vida no local, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória. Conforme o aspirante Pacheco, a equipe de resgate tentou reanimá-la por mais de uma hora, mas ela não resistiu. Ele ainda informa que nove pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital Cemil, em Umuarama. Contudo, o hospital informou ao G1 que dez feridos eram atendidos pela equipe médica, todos em estado grave.
Segundo o secretário de Saúde de Altônia, Edson dos Santos Souza, o ônibus levava pacientes para Umuarama. Parte deles faria cirurgia de catarata no Hospital de Olhos e os outros eram acompanhantes. "Foi fechado um dia no hospital para levar esses pacientes. O ônibus saiu de Altônia por volta das 5h30, e no meio do caminho ocorreu o acidente", explicou o secretário de Saúde para o G1. Souza ainda disse que o ônibus foi adquirido pelo município em 2015.
O Hospital Cemil de Umuarama informou os nomes dos feridos:
- Laudecir de Paula
- Bruno Teixeira
- Itamar de Mattos
- Rosa Aparecida
- Rosilene Geralda dos Santos
- Antonio Garcia de Mattos
- José Maria Freitas Soares
- Claudete Brasilino Martins
- Maria Moura Barbosa Artes
- Laisa Mauro dos Santos

Palocci e Odebrecht se reuniram 27 vezes, diz Lava Jato

A força-tarefa da Operação Lava Jato constatou que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) reuniu-se 27 vezes com o empreiteiro Marcelo Odebrecht. A informação consta da denúncia criminal da Procuradoria da República contra Palocci, Odebrecht e mais 13 investigados na Operação Omertà, 35.º desdobramento da Lava Jato.
Os investigadores descobriram a rotina de encontros entre Palocci e Odebrecht analisando a agenda pessoal do empreiteiro. "Tais reuniões ocorreram em datas próximas aos períodos em que observada a solicitação de interferência de Antonio Palocci em altas decisões do Governo Federal", assinala a Procuradoria.
Palocci foi preso na Omertà em 26 de setembro. Odebrecht está preso desde 19 de junho de 2015 - condenado a 19 anos de reclusão no esquema de propinas na Petrobras, o empreiteiro tenta encurtar sua permanência no cárcere da Lava Jato oferecendo delação premiada.
Os investigadores da Omertà sustentam que Palocci captou pelo menos R$ 128 milhões da Odebrecht e destinou parte desse valor ao PT, seu partido. O ex-ministro foi denunciado formalmente por corrupção e lavagem de dinheiro.
Para o Ministério Público Federal, a constatação sobre os encontros sucessivos entre Palocci e Odebrecht reforça o vínculo entre o ex-ministro e o empresário.
"Relevante ainda referir que tais reuniões ocorreram, em sua maioria, ou no escritório de Antonio Palocci ou nas residências dele ou de Marcelo Odebrecht, deixando evidente o intuito de que os encontros ocorressem em ambiente privado, com controle de acesso e sem o conhecimento de terceiros", assinalam os procuradores que subscrevem a denúncia criminal.
A investigação mostra que outros executivos ligados à Odebrecht participavam das reuniões de Palocci e o empreiteiro. Os procuradores que acusam Palocci, Odebrecht e mais treze alvos da Omertà analisaram correspondências eletrônicas.
"Já não fosse esse número de reuniões bastante significativo a demonstrar o vínculo espúrio entre o ex-ministro e os empresários, cabe ainda destacar que as reuniões com Antonio Palocci, também com propósitos ilícitos, eram, em algumas vezes, realizadas por outros executivos do grupo, como por exemplo, Alexandrino Alencar, conforme elucidado em um e-mail, o que revela que os encontros foram ainda mais intensos do que o documentado na agenda de Marcelo Odebrecht."
Os procuradores anotam que o próprio Palocci admitiu não ter firmado, "em tempo algum, contrato de consultoria com a Odebrecht ou com sua empresa, a Projeto Consultoria".
"Desta forma, não há qualquer razão minimamente lícita para que Antonio Palocci atuasse em favor dos interesses da Odebrecht e para que fossem realizadas as tratativas e acertos de contrapartidas efetivamente estabelecidas entre ele e os executivos do Grupo", ressaltam os procuradores da força-tarefa.
Os acusadores argumentam, ainda. "Da mesma forma, se não havia qualquer relação comercial lícita, não há qualquer motivo regular para que fossem realizados tantos encontros e discutidos temas tão intimamente ligados às decisões da alta administração federal."
Os procuradores cravam a "atuação ilícita" do ex-ministro de Lula e Dilma. "Neste cenário, tendo em vista que a atuação ilícita de Antonio Palocci em favor dos interesses da Odebrecht se deu de forma reiterada e duradoura e que o ex-parlamentar, durante o período de 2006 a 2015, se colocou efetivamente à disposição da empreiteira para solucionar as mais diversas questões de interesse da empresa, os valores de contrapartida ilícita contabilizados em seu favor se acumularam e se avolumaram com o passar do tempo."
Segundo a denúncia no âmbito da Operação Omertà, entregue ao juiz federal Sérgio Moro, valores ilícitos eram destinados ao PT.
Os procuradores atribuem a Palocci o papel de "gestor de conta paralela" da propina da empreiteira. "Conforme os créditos ilícitos decorrentes da atuação ilícita de Antonio Palocci fossem sendo reconhecidos e gerados no âmbito da Odebrecht, Marcelo Odebrecht determinava que os valores fossem contabilizados internamente (na empreiteira), a fim de que fossem futuramente empregados para o pagamento de despesas do Partido dos Trabalhadores, conforme orientação de Antonio Palocci, o gestor de tal conta paralela. Da mesma forma, conforme os valores fossem sendo entregues, o saldo era deduzido, atualizando-se a planilha."
Reação da defesa
O advogado José Roberto Batochio, que defende Antonio Palocci, reagiu com indignação à denúncia do Ministério Público Federal. "É uma acusação monstruosa, absolutamente divorciada de qualquer elemento indiciário arrecadado nos autos."
De acordo com ele, o único elemento considerado pela denúncia é um "papelucho tratado como 'planilha' sob a rubrica de 'Italiano'". "Os acusadores já apontaram esse 'Italiano' como sendo Fernando Migliáccio, depois Guido Mantega, depois um engenheiro italiano e, agora, na quarta tentativa, querem atribuir este apelido a Palocci", destacou. ""Puro artificialismo. O que temos é um apelido em busca de um personagem. Demonstrado que 'Italiano' não é Palocci, quem será a quinta vítima?", indagou.
Batochio afirmou que nem tomou conhecimento da denúncia, mas que esperava que, diante da "anemia do inquérito (da Polícia Federal), o Ministério Público Federal o arquivasse". "Aliás, a Polícia Federal não encontrou sequer suspeita de lavagem de dinheiro, conforme o seu relatório, mas o Ministério Público Federal, mais realista que o rei, resolveu criar mais esta acusação", salientou.

Lava Jato vai 'até onde os fatos levarem', diz ministro da Justiça

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse, em entrevista concedida à Rádio Estadão nesta segunda-feira, 31, que a operação Lava Jato "vai até onde os fatos levarem".
Segundo ele, essa é uma questão do Poder Judiciário, que tem todo o apoio do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. "Até aonde o Ministério Público entender necessário o aprofundamento das investigações, teremos operações", completou.
Questionado sobre a situação envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros, na reunião de conjunta sobre segurança pública que ocorreu na sexta-feira, 28, Moraes disse apenas que o saldo do encontro foi muito importante, porque mostrou união dos Três Poderes pela segurança pública.
Renan havia chamado Moraes de "chefete de polícia" ao criticar a operação da Polícia Federal que prendeu temporariamente quatro policiais legislativos na sexta-feira anterior, 21.

TERCEIRO TRIMESTRE Consumo de energia elétrica sobe 4,6% em residências

Neste ano, o consumo de energia elétrica no Brasil somou 38.259 Gigawatts-hora (GWh) em setembro, um avanço de 1,4% sobre igual mês no ano passado. O consumo das residências  cresceu 4,6% em setembro. As regiões Sudeste (+5,7%), Nordeste (+5,2) e Sul(+4,4) se destacaram no mês nessa classe de consumo.
A classe comercial teve queda de 1% em setembro ( maior recuo entre as classes), e de 2,1% no trimestre,ainda refletindo o cenário de crise econômica,queda da renda real,aumento do desemprego e situações de crédido adversas.


A indústria demonstrou instabilidade em setembro (0,1%), em função de aumentos no consumo de eletricidade em segmentos energointensivos (metalúrgico, papel e celulose, têxtil, químico, alimentício e automotivo).
Terceiro trimestre

No último trimestre do ano, o consumo de energia elétrica da indústria teve uma queda de 0,4%, a menor em 12 meses. O consumo de eletricidade no país alcançou 112.838 GWh, um crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado.Este foi o segundo trimestre consecutivo com crescimento na demanda de energia.

Dezoito deputados federais deixarão Câmara para assumir prefeituras em todo País

Dezoito deputados deixarão a Câmara nos próximos meses para assumir prefeituras a partir de 1º de janeiro de 2017. Dos 81 parlamentares que se candidataram este ano, 14 foram eleitos prefeitos e quatro vice-prefeitos.
No segundo turno das eleições municipais, 16 deputados disputaram a preferência do eleitorado, mas só oito foram eleitos: Anderson Ferreira (PR-PE) em Jaboatão dos Guararapes; Duarte Nogueira (PSDB-SP) em Ribeirão Preto; Luís Carlos Busato (PTB-RS) em Canoas; Max Filho (PSDB-ES) em Vila Velha; Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) em Porto Alegre; e Washington Reis (PMDB-RJ) em Duque de Caxias. Marcos Rotta (PMDB-AM) foi eleito vice na chapa de Artur Virgílio Neto (DEM) em Manaus e Moroni Torgan (DEM-CE) vice-prefeito de Fortaleza na chapa de Roberto Cláudio (PDT).
Na passagem pela Câmara, Anderson Ferreira se notabilizou por apresentar o projeto do Estatuto da Família - que reconhece a unidade familiar formada por homem e mulher. Marchezan ficou conhecido por sua postura contrária ao reajuste de servidores públicos e de oposição ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Já Rotta - que foi presidente da CPI do BNDES - e Reis - da tropa de choque no Conselho de Ética - eram aliados de Cunha.
Dez deputados foram eleitos logo no primeiro turno: Arnon Bezerra (PTB-CE) em Juazeiro do Norte; Marcelo Belinati (PP-PR) em Londrina; Odelmo Leão (PP-MG) em Uberlândia; Dr. João (PR-RJ) em São João do Meriti; Edinho Araújo (PMDB-SP) em São José do Rio Preto; Fabiano Horta (PT-RJ) em Maricá; Fernando Jordão (PMDB-RJ) em Angra dos Reis (RJ); e Moema Gramacho (PT-BA) em Lauro de Freitas (BA). Bruno Covas (PSDB-SP) foi eleito vice do tucano João Doria na capital paulista e Manoel Júnior (PMDB-PB) se tornou vice-prefeito de João Pessoa. Marquinhos Mendes (PMDB-RJ) chegou a ser eleito em Cabo Frio, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
Senado
Entre os dois senadores que concorreram em 2016, só Marcelo Crivella (PRB-RJ) saiu vitorioso e vai governar a prefeitura do Rio de Janeiro. A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) ficou em quarto lugar na disputa pela capital paulista.

CÂMBIO Dólar opera a R$ 3,18 nesta segunda-feira, 31

O dólar começa a semana em queda. Investidores esperam volatidade do câmbio nesta sessão, devido a formação  Ptax de final de mês (taxa de câmbio calculada pelo BC que serve de referência para contratos), além do término do prazo para regularização de recursos de brasileiros no exterior.

Às 9h49, horário de Brasília, o dólar caía 0,32% a R$ 3,1861.

De acordo com a Reuters, o comportamento da moeda no exterior também é monitorado, após o FBI conseguir um mandado para investigar emails recém-descobertos relacionados a um servidor privado usado pela candidata à Presidência Hillary Clinton,  além da expectativa pela reunião do Federal Reserve e dados do mercado de trabalho norte-americanos.

Último fechamento

A moeda norte-americana fechou em alta na última sexta-feira, 28. O mercado entendeu que a alta do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve intensificar um aumento na taxa de juros no país em dezembro. A disputa pela formação da Ptax (taxa de câmbio que serve de referência para contratos) de final de mês também influenciou, de acordo com a Reuters.

A moeda norte-americana subiu 1,29%, vendida a R$ 3,1965.

Na semana, o dólar subiu 2,42%. No mês de outubro, acumula queda de 1,7%. No ano, a moeda perdeu até esta sexta  19%.

'Difícil calcular o tamanho do dano ao País', diz chefe da PF sobre corrupção

A Polícia Federal em São Paulo alcançou o marco de 92 operações especiais entre janeiro e outubro. Em todo o ano de 2015, foram deflagradas 68 missões dessa natureza, que miram em esquemas de corrupção e também organizações do tráfico internacional de drogas e outros ilícitos contra a União.
"Batemos um recorde histórico", disse o delegado Disney Rosseti, superintendente regional da PF em São Paulo, há um ano no cargo.
Na quinta-feira, 27, a PF deflagrou a Operação Boca Livre S/A, a 92.ª missão especial de 2016 - o alvo foram 29 empresas e instituições financeiras supostamente envolvidas em desvio de recursos públicos via Lei Rouanet.
Em apenas seis grandes operações contra a corrupção, este ano, as fraudes identificadas chegaram a R$ 325 milhões. No âmbito dessas investigações, a Justiça Federal ordenou o bloqueio de quantia aproximada de R$ 340 milhões.
"Desde que a medição começou a ser feita, em 2003, este é o melhor resultado. Este ano já estamos com 92 operações executadas, inclusive as que vêm de outros Estados (para cumprimento de medidas em São Paulo). Só do Estado de São Paulo, originadas aqui, são 54", contabiliza o chefe da PF.
O balanço indica que, em dez meses de 2016, a PF em São Paulo executou 24 operações a mais que em todo o ano anterior.
É o maior número da série histórica - o recorde tinha sido registrado em 2014, com 71 operações especiais.
Entre as missões mais importantes no combate a malfeitos com recursos públicos, a PF em São Paulo deflagrou a Operação Custo Brasil, que pegou o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo em supostas fraudes no âmbito de empréstimos consignados - o rombo alcançou R$ 102 milhões e a Justiça Federal decretou o bloqueio de igual montante. A defesa de Paulo Bernardo nega ilícitos a ele atribuídos.
As equipes de Rosseti também foram às ruas para executar a Operação Sevandija, cujo alvo maior é a prefeita do município de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD). Sevandija investiga desvios de R$ 203 milhões. A Justiça ordenou o confisco desse montante.
Na Operação Boca Livre, deflagrada em junho - desdobrada na Boca Livre S/A no último dia 27 -, o rombo atinge R$ 28,7 milhões, recursos supostamente desviados por uma organização que fraudava convênios com base na Lei Rouanet.
Neste caso, a Justiça decretou o sequestro de imóveis e veículos no valor aproximado de R$ 3,8 milhões. A ação da PF evitou prejuízo ao Tesouro de cerca de R$ 58 milhões.
Metódico e disciplinado, o superintendente tem valorizado a área de Inteligência da instituição. A estratégia para ampliar a produção 'e otimizar os trabalhos' começa pela alteração da estrutura da área de Inteligência de todas as delegacias, diz o delegado Rosseti.
"Foram várias operações de combate à corrupção com resultados importantes como o sequestro de valores das fraudes. Tivemos, ainda, uma missão importante de contrainteligência, com prisão e afastamento de alguns policiais que atuavam no combate a fraudes previdenciárias, e um episódio ocorrido em Ribeirão Preto. Nesses dois casos cortamos na própria carne, uma depuração necessária." "A prioridade não é só o combate ao tráfico de drogas, mas o combate à corrupção", ele reafirma.
Apesar da larga experiência em investigações contra o crime organizado, o delegado ainda se impressiona com a ousadia dos corruptos. "Algo que chega a ser difícil de mensurar, o tamanho do dano ao país, por mais que a gente consiga mensurar bens apreendidos, valores apreendidos. O tamanho do impacto disso é difícil de mensurar. Basta ver a situação que o País atravessa."
O superintendente destaca que o enxugamento orçamentário não refletiu nas operações especiais. "Recursos de custeio continuamos tendo, não tem faltado verba para combustível, diárias e passagens. Claro que a crise nos afeta no sentido de investimentos, mas aí não é só a Polícia Federal. O País como um todo não tem dinheiro praticamente para investimento e reposição de pessoal."
O chefe da PF em São Paulo lembra que 'não estão ocorrendo concursos na área federal'. Isso o preocupa. "Realmente nos preocupa, mas estamos fazendo frente à nossa missão. A interrupção dos concursos nos afeta, o momento que o país está passando. A gente espera que as coisas de ajeitem o quanto antes."
Inquéritos encerrados
Sua primeira meta, ao assumir o comando da Superintendência em São Paulo, foi enxugar o acervo de inquéritos antigos. Até 30 de setembro foram instaurados 11.713 inquéritos. O volume finalizado, em todo o Estado, foi de 11.338 inquéritos.
"A produtividade atingiu a marca de 97%", anota Rosseti. "Estamos mirando passar os 100%. É um aumento significativo em relação a 2015, que fechou com 92%."
Sobre sua mesa, Rosseti mantém os dados que indicam a produção dos delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas, peritos e funcionários administrativos que compõem o efetivo da superintendência.
"Reduzimos o número total de inquéritos, de 26 mil para 23 mil, em números arredondados. Estamos conseguindo finalizar as investigações mais antigas. Havia um acervo de inquéritos abertos há alguns anos que precisavam ter um desfecho. Acabamos com pendências mais antigas."
As estatísticas mostram que o maior número de inquéritos é relativo a crimes fazendários - são cerca de 8 mil inquéritos.
Em seguida vem a Delegacia de Crimes Previdenciários, que combate fraudes na concessão de benefícios, com 3 mil inquéritos, aproximadamente.
Foragidos internacionais
O balanço mostra, ainda, que o escritório regional da Interpol em São Paulo é o que mais prende fugitivos internacionais no Brasil. Em 2015, foram capturados 19 estrangeiros. Em 2016, foram, até aqui, 12 os fugitivos localizados e presos em São Paulo pela Interpol.
"O Brasil foi no ano passado o que mais prendeu no mundo. Este ano estamos caminhando para o mesmo rumo, uma nova marca. O País está deixando de ser um atrativo para criminosos internacionais procurarem abrigo aqui, esconderijo para evitar a ação da Interpol", destaca Rosseti.
Tráfico de drogas
O superintendente aponta para uma outra meta de sua gestão: o combate ao tráfico internacional de drogas.
Nesta área, um outro recorde da PF paulista. Em 2015, foram apreendidas 24 toneladas de cocaína. "Este ano, só no Estado de São Paulo, chegamos ao confisco de dez toneladas de cocaína. Principalmente, no Porto de Santos e no Aeroporto de Guarulhos batemos recordes históricos de apreensões e prisões por tráfico."
Para Disney Rosseti, "o trabalho repressivo tem que haver, mas a questão do tráfico, sem sombra de dúvida, passa por uma ação mais efetiva na redução dos usuários, no tratamento dos usuários". "Até porque se você reduz a quantidade de usuários, evidentemente, que a demanda será menor e diminui o tráfico. Parece que é uma lógica. Isso não quer dizer que não tem que ser feito o trabalho repressivo."
Disney Rosseti se declara um 'otimista'. "Otimismo não pode faltar de forma alguma. Tem que ter otimismo no País e na melhora cada vez mais no aspecto da segurança pública."

Para o governo, resultado sepulta discurso do golpe

O Palácio do Planalto avaliou que o resultado das eleições municipais legitima o governo do presidente Michel Temer. Para o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a ampla vitória de partidos da base aliada dá fôlego às medidas da equipe econômica do governo e "sepulta" as contestações à gestão que assumiu após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Essa eleição sepulta qualquer tipo de contestação, seja sob o ponto de vista institucional, de legitimidade, ou de programa de governo", afirmou Padilha ao Estado.
O ministro rebateu críticas da oposição de que o atual programa de Temer não foi aprovado pelos eleitores quando o então candidato a vice-presidente se elegeu, juntamente com Dilma. Na opinião de Padilha, as eleições municipais podem ser entendidas também como uma aprovação ao governo federal.
'Onde mora o cidadão? É no município. A sociedade, ao votar maciçamente nos candidatos do governo, está mostrando que apoia as iniciativas que foram tomadas", disse. "Essa é a manifestação do cidadão."
Ele criticou os partidos de oposição e ressaltou que o PT perdeu espaço em prefeituras e câmaras municipais nesta eleição.
O ministro disse que o resultado demonstra que a população apoia a premissa básica do governo Temer, que segundo ele, é limitar as despesas e parar o endividamento. "Os brasileiros viram que o Brasil não tem uma outra alternativa", afirmou.
O candidato vitorioso no Rio, Marcelo Crivella (PRB), deu declarações, após o resultado, no mesmo sentido. "Chega dessa agenda de 'Fora, Temer'. Se o povo quisesse que o Rio de Janeiro se transformasse num bunker de luta ideológica e política, teria votado no outro candidato", afirmou o prefeito eleito.
PEC
Uma preocupação do Planalto era que a votação e aprovação da PEC do Teto na Câmara dos Deputados, na reta final do segundo turno das eleições, tivesse impacto negativo nas campanhas dos candidatos governistas às prefeituras.
Segundo o ministro da Casa Civil, o apoio da população é essencial para o governo federal manter a base coesa na segunda fase da votação da PEC do Teto - em novembro, desta vez no Senado.
Já o cientista político Cláudio Couto, professor da FGV-SP, faz leitura distinta à do Planalto. "O resultado não indica apoio popular ao governo Temer e tem muito mais a ver com uma rejeição ao PT do que uma aprovação ao PMDB. A maior parte das pessoas sequer sabe o que é a PEC 241", disse.
Para ele, "o PMDB é um partido sem face clara, e o eleitor raramente identifica o candidato municipal ao seu partido". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FESTA "Eu não sou super-herói", diz RC em primeiro discurso após reeleição

Ladeado pelo candidato eleito a vice-prefeito, Moroni Torgan (DEM), o prefeito Roberto Cláudio (PDT) agradeceu aos eleitores e apoiadores, na festa da vitória, no comitê da avenida Sebastião de Abreu, no Cocó. O prefeito alfinetou em discurso transmitido no Facebook o adversário derrotado Capitão Wagner (PR). "Eu não sou super-herói, eu sou humano, tenho família, tenho um coração, tenho alma, tenho virtudes e tenho defeitos. Mas entrei nessa campanha com a certeza de dar o meu melhor", disse. RC ainda puxou o coro: "Votei de coração, sem arma na mão".
Ao agradecer ao ex-governador Cid Gomes (PDT), Roberto Cláudio falou sobre os avanços do Ceará na gestão do correligionário e afirmou: "É por isso que tem tanta gente com dor de cotovelo".
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também se fez presente na festa da vitória, envolto em uma bandeira de seu partido. O governador Camilo Santana (PT) e a vice-governadora Isolda Cela (PDT) também estiveram sob o palanque.
O prefeito reeleito agradeceu aos eleitores. "Minha gente, essa vitória não é de ninguém que não seja vocês! Brigado por tudo. Só vale a pena tudo isso porque a grande razão por de trás do nosso trabalho é continuar servindo Fortaleza".

Preconceito é o maior problema no tramento da psoríase

No Dia Mundial de Conscientização da Psoríase, marcado no último sábado, 29,. a coordenadora do ambulatório de psoríase do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, Letícia Oba Galvão, alertou que o principal problema do paciente ainda é a discriminação. “Como são lesões na pele, placas vermelhas descamativas, as pessoas leigas acham que é contagioso. Por isso, o paciente acaba se fechando, se cobre e não procura um tratamento”, afirmou.

A dermatologista explicou que, apesar de incomodar, com coceiras e ardência na pele, com o tratamento adequado o paciente consegue conviver com a lesão e melhorar sua qualidade de vida. Em Fortaleza, o Hospital Universitário Walter Cantídio e o Centro de Saúde Dona Libânia são referências no tratamento da doença.

A psoríase é uma doença crônica, grave e não transmissível. As áreas mais acometidas pelas lesões são cotovelos, joelhos e couro cabeludo. O tratamento varia conforme a gravidade. “Quadros leves são tratados com pomadas. Conforme as estatísticas, 30% a 40% dos quadros são leves. Como é uma doença crônica, às vezes o paciente cansa de ficar cuidando, mas alguns ficam com o quadro leve a vida toda”, acrescentou Letícia.

Ela esclareceu que os quadros mais graves podem levar a comprometimentos definitivos nas articulações. Além disso, os pacientes de psoríase têm mais chances de ter eventos cardiovasculares, como infartos e pressão alta, e síndromes metabólicas em geral, como diabetes e obesidade. “Por isso, quadros moderados e graves exigem o acompanhamento contínuo”.

A doença atinge de 1% a 3% da população mundial. A maior incidência é em caucasianos, entre 30 e 50 anos. O estado emocional do paciente também interfere no desenvolvimento das lesões. (Ag. Brasil)

RC derrota Wagner e é reeleito

O prefeito Roberto Cláudio (PDT) foi reeleito para governar Fortaleza por mais quatro anos. O anúncio oficial foi feito por volta das 19 horas de ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O pedetista venceu a disputa contra Capitão Wagner (PR) por 53,57% dos votos válidos contra 46,43%. Nos votos totais, a abstenção chegou a 18,60%, contra 1,92% de brancos e 6,10% de nulos.

O resultado representa uma vitória do grupo político liderado pelos irmãos Ferreira Gomes, que agora se articula para a eleição de 2018 com a possibilidade de Ciro disputar a presidência da República na sucessão do presidente Michel Temer (PMDB).

Derrotado, Wagner não sai menor da eleição. Com curta carreira política, embora tenha muita força política, o parlamentar se cacifa para novos desafios em 2018.

Os números finais da eleição em Fortaleza foram semelhantes aos de quatro anos atrás, quando RC venceu o então candidato Elmano de Freitas (PT), também no segundo turno, por 53,02% contra 46,98% do petista. A reeleição do prefeito mantém uma tradição do eleitorado de Fortaleza de reeleger seus gestores.

Desde que aprovada a reeleição, em 1997, todos os prefeitos conseguiram se reeleger na capital cearense. Assim ocorreu com Juraci Magalhães (PMDB) em 2000, Luizianne Lins (PT) em 2008 e, agora, com Roberto Cláudio (PDT).

A vitória do atual gestor ocorre depois de duas mudanças de partido durante a primeira gestão, ao passar pelo Pros e se filiar ao PDT - RC se elegeu em 2012 pelo PSB.

As migrações se deram com objetivo de RC disputar a reeleição em uma sigla de maior musculatura eleitoral e de atrair apoios em uma grande aliança com reforço de seus principais padrinhos políticos, Cid e Ciro Gomes.

A difícil vitória de Roberto Cláudio, mesmo bem avaliado e com ampla aliança — principalmente entre os vereadores, — é justificada porque a batalha do prefeito no segundo turno foi contra um campeão de votos para o Legislativo nas duas últimas eleições anteriores, de 2012 e 2014, para a Câmara Municipal e Assembleia Legislativa, respectivamente.

Nos mais de dois meses de campanha, a queda de braço foi marcada por antagonismos entre os dois candidatos. Enquanto o atual prefeito apresentava-se como tocador de obras, Wagner criticava o modelo de gestão, sobretudo na saúde, e prometia maior eficiência nos equipamentos públicos municipais.

Os quase 600 mil votos conquistados permitem a Wagner manter oposição forte contra o prefeito reeleito e seu grupo político, que inclui o governador Camilo Santana (PT), possível candidato à reeleição em 2018.

NÚMEROS

53,57%
Roberto 
Cláudio é reeleito prefeito de Fortaleza para mais quatro anos

46,43%
Capitão Wagner encerra campanha com votação expressiva

1,92%
BRANCOS 

6,10%
NULOS

18,60%
ABSTENÇÕES

domingo, 30 de outubro de 2016

MANIPULAÇÃO Imagem do O POVO Online sobre impugnação do Capitão Wagner é falsa

É falsa a imagem que circula nas redes sociais, de uma tela do portal O POVO Online, com notícia de uma suposta impugnação da candidatura do Capitão Wagner à prefeitura de Fortaleza. A montagem está sendo compartilhada nas redes socias. 

A imagem é uma reprodução do Portal durante a madrugada deste domingo, 30, com alteração da manchete que, naquele momento relatava a prisão de quatro policiais militares por medidas abusivas no primeiro turno das eleições.

Chama atenção na versão falsa a diferença na identidade visual que é utilizada pelo O POVO e na reprodução manipulada.

Outros casos

Durante esta campanha eleitoral, duas notícias falsas foram divulgadas com a assinatura do O POVO. A primeira circulou em Solonópoles e se referia a uma suposta pesquisa O POVO/Datafolha no município. O outro caso aconteceu em Juazeiro do Norte, quando uma falsa matéria do O POVO contestava um outdoor e falava sobre compra de votos. 

O Grupo de Comunicação O POVO manifesta seu repúdio a esse tipo de prática e informa que tomará as medidas judiciais cabíveis.