Guterres afirmou ainda que o Brasil "demonstra ao mundo que os diretos humanos devem respeitados pelo seu valor, e não em razão de objetivos políticos ou militares". "Esse é o papel que o Brasil pode desempenhar em um mundo que caminha para a multipolaridade: demonstra a universalidade dos direitos humanos e a importância do diálogo para a solução dos problemas globais", completou.
Guterres, que é português e foi aprovado por unanimidade para o cargo no último dia 13, vai suceder o sul-coreano Ban Ki-moon em janeiro, disse ainda que Brasil e Argentina têm as leis mais avançadas de proteção a refugiados.
Bilaterais
Além de reunião com o novo secretário-geral da ONU, Temer recebeu os presidentes de países de língua portuguesa, que estão no País para a XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Segundo informações do Planalto, durante a conversa que Temer teve mais cedo com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, foi tratada a situação econômica dos dois países. O presidente português teria comentado com o brasileiro sobre a reforma da Previdência Social feita no país europeu e dito que ela foi "crucial". Sousa comentou ainda, segundo informações da assessoria de Temer, que em Portugal os dias de greve não são pagos.
O presidente brasileiro destacou ao seu colega a aprovação da PEC do teto dos gastos e também falou sobre a proposta da reforma da previdência que pretende implementar, assim como de algumas parcerias público-privadas.
Temer e o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, assinaram acordo com o propósito de estabelecer e explorar serviços aéreos entre os dois países.
Já na conversa com o vice-presidente de Angola, Manuel Domingos Vicente, os dois trataram da importância de estreitar relações entre os dois países e que a CPLP é um bom espaço para isso. O angolano agradeceu o terreno que o Brasil concedeu em Brasília para construção da nova sede da Embaixada de Angola.
Depois, com o presidente do Timor Leste, Taur Matan Ruak, foram discutidas oportunidades de cooperação técnica, em especial na área de defesa e educação. Temer destacou que Brasil quer manter relação de "muita proximidade" com o Timor e cumprimentou o país pelo trabalho na presidência da CPLP nos últimos dois anos e disse que esta será a primeira vez desde 2008 que um chefe de Estado brasileiro participa da reunião da comunidade.
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