quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

ISSEC Contrapartida de servidor do Estado para plano de saúde vai de R$ 18 a R$ 405

A contrapartida do servidor do Estado no plano de saúde controlado pelo Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec) vai variar de R$ 18 a R$ 405. Os valores constam na minuta do projeto de lei a qual O POVO teve acesso.

Outra modificação no plano de saúde foi anunciada nesta terça-feira, 27, pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT). Em transmissão ao vivo, ele confirmou o aumento do aporte do Estado no Issec, de R$ 100 milhões para R$ 130 milhões ao ano.
Na verdade, serão R$ 120 milhões a mais do Governo por ano, mais R$ 11 milhões da folha da autarquia.
Veja a contribuição dos servidores de acordo com a idade e com a renda recebida na figura abaixo:

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Neymar tem fissura em osso do pé e vira problema para o PSG

Apesar do otimismo de Neymar em relação à recuperação da lesão sofrida neste domingo, a última informação, divulgada pelo Paris Saint-Germain na noite desta segunda-feira, não é das melhores. Segundo o clube, o brasileiro tem uma fissura no quinto metatarso do pé direito, problema que pode tirá-lo de combate por algumas semanas.

Com isso, o craque provavelmente não enfrenta o Real Madrid na próxima semana, no jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões. A equipe francesa precisa reverter a derrota por 3 a 1 sofrida na Espanha. De acordo com o GloboEsporte.com, o retorno do jogador não deve ser menor do que um mês. Portanto, o atleta perderia também os amistosos contra a Alemanha e a Rússia, no fim de março.
Neymar se lesionou no último domingo, na vitória do PSG sobre o Olympique de Marselha. O atacante torceu o tornozelo, foi atendido ainda no gramado e deixou o campo de maca. Segundo o clube, Neymar também tem outra lesão, o entorse no tornozelo direito, menos preocupante do que a fissura.

Marquinhos também tem lesão na perna confirmada

Também na noite desta segunda-feira, o PSG deu detalhes da lesão do zagueiro brasileiro Marquinhos. O defensor sofre com uma lesão muscular de grau um no quadríceps esquerdo. Com isso, Marquinhos também é dúvida para a partida contra o Real Madrid.

MARACANAÚ Açude Santo Antônio do Pitaguary sangra nesta segunda-feira; veja vídeo

O Açude da Reserva Santo Antônio Pitaguary, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza, sangrou nesta segunda-feira, 26. Imagens publicadas nas redes sociais pelo prefeito Firma Camurça mostram o açude sangrando. 

"Bendita chuva que traz vida para nossa terra. Que neste inverno possamos superar a seca, no Ceará e em todo Brasil", escreveu Camurça na publicação.
 
Veja o vídeo: 
 
  

Dos quatro postos de chuva do município, o que registrou maior precipitação foi o de Museu Rodolfo Teofilo, com 13,2 mm. O açude do Pitaguary não é monitorado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Este é pelo menos o quarto reservatório a passar da capacidade máxima nesta quadra chuvosa. No último dia 24, o reservatório Germinal, localizado em Palmácia, sangrou. Os outros açudes do Ceará que ultrapassaram o limite foram Caldeirões, em Saboeiro, e a Barragem do Cocó, na Capital.

Dos 155 açudes monitorados pela Cogerh, sete estão com volume acima de 90%. Estão na iminência de sangrar os reservatórios de Itaúna (Granja), Tucunduba (Senador Sá), Maranguapinho (Maranguape) e Tijuquinha (Baturité).

Ainda conforme o monitoramento da Cogerh, outros 120 açudes estão com volume inferior a 30%.
 

FISCALIZAÇÃO NO AEROPORTO PF prende cinco pessoas e apreende mais de 25 Kg de drogas em Fortaleza

Cinco pessoas foram presas em Fortaleza, em três ações da Polícia Federal (PF). A fiscalização de rotina rendeu ainda a apreensão de mais de 25 kg de drogas. As operações ocorreram nos últimos dias 21 e 25, no Aeroporto de Fortaleza e no bairro Boa Vista. 

No primeiro flagrante, os policiais federais encontraram 7,7 kg de skank na bagagem de uma mulher, que desembarcava de um voo que chegava de Manaus (AM). A PF identificou o receptador da droga, que já respondia por roubo, e realizou as prisões no bairro Boa Vista. 

Na manhã do último domingo, 25, mais 9,7 kg de cocaína foram localizadas na bagagem de uma passageira que chegava de Confins (MG). Natural de Roraima, a passageira ainda portava documento falso. 

Durante a tarde do mesmo dia, uma jovem de 25 anos, também de Roraima, foi encontrada com 8,5 kg de cocaína. Ela desembarcava de um voo de Brasília e foi abordada pela PF e presa no estacionamento do aeroporto com um cearense de 39 anos, identificado como receptor da droga. Um veículo também foi apreendido.

O homem já havia sido preso pelo crime de tráfico de drogas em 2013. De acordo com a Polícia Federal, a droga seria destinada a uma facção criminosa no Ceará.

As cinco pessoas presas foram encaminhados à sede da Polícia Federal e responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e uso de documento falso.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Miro Teixeira: a decepção do decano na Câmara dos Deputados

Miro Teixeira é um carioca de 73 anos, mais da metade dos quais vividos como deputado federal. Está na Câmara desde 1971, quando chegou para seu primeiro mandato, e admite, pessoalmente, enfrentar um dos momentos mais tristes na vida pública pela situação de descrédito que enfrenta a Casa, que diz amar. O plano dele para 2018 é de não voltar a Brasília, priorizando uma candidatura ao governo do Rio de Janeiro. Nesta conversa com O POVO, por telefone, fala das razões do seu desencanto com o Congresso, dos momentos históricos vivenciados em mais de quatro décadas (quase ininterruptas) no parlamento, cita líderes políticos que considera fazerem falta aos dias atuais e defende a recente decisão do presidente Michel Temer de intervir na segurança pública do seu estado, mesmo não confiando no emedebista, conforme faz questão de ressaltar. Responsável por trazer ao Brasil o debate sobre a lei de colaboração premiada, que terminaria implantada, avalia que o instituto está sendo bem aplicado na Lava Jato e diz que a operação criou uma nova escola de direito penal, exemplar para o mundo., Confira a entrevista:

O POVO – Qual Congresso o País tem hoje, deputado??
Miro Teixeira - Um Congresso que desmente o doutor Ulysses (Guimarães), que dizia que o próximo Congresso será sempre o pior. Pois eu digo que o próximo Congresso será melhor do que esse, não há possibilidade de ser pior.
OP – Chegamos ao fundo do poço, então??
Miro Teixeira – Isso não se sabe, porque o poço pode ser mais fundo do que imaginamos. Agora, chegamos ao ponto em que os parlamentares passaram a ser obedientes, simplesmente, aos órgãos partidários e à mesa diretora. Parece que existe uma dependência enorme, não revelada e que nós não conseguimos descobrir, porque nunca vi mandatos parlamentares serem tão desacatados pela direção da Câmara. E fica tudo por isso mesmo! Em outras épocas isso tudo refletia-se, lamentavelmente, até, em brigas terríveis, mas hoje é uma passividade revoltante.

Submissão

OP – Posso dizer que o senhor considera fazer parte, hoje, do pior Congresso de seus 40 anos como parlamentar??

Miro Teixeira – É uma contradição porque você tem pessoas excelentes, tem deputados de grande formação profissional e que, no conjunto da política, acabam formando um dos piores Congressos, não vou dizer nem o pior. É um Congresso muito submisso ao poder Executivo, ao presidente da República, é submisso aos ministros de Estado, é submisso a tudo, menos ao povo. .
OP – Na avaliação do senhor, o que é que nos trouxe a essa situação, o que foi determinante para se chegar ao estágio de hoje??
Miro Teixeira - A desqualificação da política é um equívoco. O que é necessário desqualificar são os políticos que cometem os crimes conhecidos, de corrupção, de roubo de dinheiro público. É curioso que quando se trata de políticos ou outras autoridades as palavras ficam mais bonitas, mas a rigor é roubo, como é roubo levar quinquilharia, levar gado, é roubo: O roubo não existe por causa da política, existe por causa do ladrão. A corrupção existe por causa do corrupto, então, é preciso parar com essa cerimônia na linguagem e definir corretamente as coisas. O que nós temos é uma política invadida pelas organizações criminosas, uma inversão. O Ministério Público fala que a política é composta por membros de organizações criminosas, mas não é não. A política é uma senhora digna, respeitável, agora, está invadida, ocupada, por alguns políticos que representam organizações criminosas. Os quais, felizmente, começam a ser descobertos e a cumprir pena.
OP – Na memória de quatro décadas como parlamentar, qual o melhor Congresso do qual o senhor considera ter participado??
Miro Teixeira – Não, não dá pra comparar. Porque tivemos a Assembleia Nacional Constituinte, que é algo para se guardar na memória a vida toda. Os debates parlamentares da Constituinte são dignos, inesquecíveis, não há essa discussão de somenos importância como estas que assistimos hoje na TV Câmara, não é? Eram debates fantásticos, tinha um Mário Covas, líder do PMDB, indo à tribuna para convencer a própria bancada porque não tinha tido tempo de conversar com os colega...Tinha o doutor Ulysses Guimarães, no ano da promulgação da nova Constituição, em 1988, dizendo em entrevista que não presidia um hospício, presidia a Assembleia Nacional Constituinte! Então, os debates eram duros e não eram de varejo, eram de atacado, e de expressões que indicavam uma coragem cívica. Hoje, lamentavelmente, prevalecem o lugar-comum, as coisas de baixa repercussão na vida do País, tudo muito temperado por mentiras e oportunidades.

Saudade 

OP – O senhor entenderia que a grande crise da política brasileira, hoje, deve-se à falta de lideranças? Lembremos, quanto à Câmara, que há dois ex-presidentes recentes (Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves) que se encontram presos.

Miro Teixeira – O problema é que o modelo partidário é diferente, mudou. O dinheiro estragou a política, transformaram os partidos em verdadeiras empresas, onde o objetivo é o lucro. Os políticos de antes, como (Franco) Montoro, Covas, Tancredo (Neves), (Leonel) Brizola faziam política pela política, pelo bem estar do povo. Não ficavam esperando a contribuição do dinheiro público para sustentar as suas necessidades partidárias. Era comum ver esses políticos relevantes viajando em aviões de carreira, quando era hora de passeata íamos em cima de caminhões mesmo. Os hábitos mudaram muito, ficou algo aristocrático, quando, naquela época, o político era uma expressão da sua popularidade, andava junto do povo.

OP – As mudanças previstas para o período eleitoral de 2018, com especial destaque para o fim da contribuição privada, poderão mudar alguma coisa nesse cenário político tão ruim? O senhor acredita?
Miro Teixeira – Não, porque o dinheiro deveria ser distribuído por igual entre os partidos e o que aconteceu foi a realização de um grande acordo para aprovação do projeto que dá o grosso dos recursos para PMDB, PSDB, PT e DEM, restando as migalhas para os outros. Acho, inclusive, que esse é um assunto que deve ser levado ao Supremo Tribunal Federal porque impede a igualdade de oportunidades.
OP – A proibição de dinheiro privado na campanha eleitoral não é, em si, uma oportunidade de limpar mais esse cenário que o senhor diz ter corroído a política?
Miro Teixeira – – Essa é uma conversa do PT. O PT diz que só existe corrupção porque existe o financiamento privado, mas, repito, a corrupção existe porque existe o corrupto! O roubo existe porque existe o ladrão. Existem empresários que contribuem com campanhas eleitorais porque querem um País no qual sejam respeitados os contratos, porque querem uma democracia consolidada, isso existe. Agora, confundiram as coisas deliberadamente como um instrumento de defesa, colocaram na cabeça das pessoas que o financiamento eleitoral é que causa a corrupção. Eu te pergunto: esses diretores da Petrobras que foram apanhados com 100 milhões, 150 milhões de dólares, eram candidatos a quê? Isso é roubalheira, pura e simples!
OP – O senhor não entende, de qualquer maneira, que os acontecimentos recentes com a Lava Jato etc devem gerar um cuidado maior dos financiadores para não acabarem expostos em situação de ilegalidade?
Miro Teixeira - O financiador preocupado com o País não vai contribuir como pessoa física, conforme está autorizado pela lei, ele vai ter medo de ser esculachado etc. Já quem já faz caixa dois o fará com desembaraço ainda maior e com mais êxito, até, ou seja, a gente pode ter um resultado ainda pior.
OP – O senhor é candidato à reeleição como deputado agora em 2018, na busca de mais um mandato na Câmara?
Miro Teixeira – Sou pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. .
OP – Repetindo 1982?
Miro Teixeira – Sim, isso. Estou animado com o apoio dos companheiros.

Eleição

OP – Não seria um desafio grande demais, deputado? Além dos problemas graves de segurança pública, que levaram à recente decretação de intervenção federal no setor, o cenário financeiro é dos mais dramáticos.

Miro Teixeira – A ideia é essa. Tenho onze mandatos e não posso chegar agora e dizer que não é comigo. É comigo! Quero ajudar a resolver a questão do estado e tenho certeza que posso, venho conversando com outros partidos e não é uma candidatura inamovível, se houver um nome que una mais e que tenha como compromisso central a recuperação do Rio de Janeiro terá o meu apoio. Não é um projeto de ambição pessoal governar o Rio de Janeiro, é um desafio. E eu topo.
OP – Também não é uma missão impossível.
Miro Teixeira – É coisa de menos de dois anos..
OP – Para reverter a crise no Rio?
Miro Teixeira – Para recuperação do estado. Você examinando as contas observa que se deu muita isenção tributária. Normalmente se gosta de ver as contas pelas despesas, mas é preciso olhar também para as receitas, considerando ainda as receitas que deixaram de ser havidas. Foi muito favorecimento, muito privilégio para empresas, para empresários, não se desenvolveu polos de estímulo aos jovens para fazerem os seus aplicativos. O Rio tem a maior concentração de universidades públicas do País, temos como fazer do estado um centro de formação tecnológica importante.
OP – Na hipótese da candidatura ao governo estadual não se viabilizar, o projeto é de tentar reeleição?
Miro Teixeira – Isso depende das conversas, não apenas dentro da Rede, mas também dos nossos aliados. Depois, é preciso verificar que tipo de aliança pretendemos fazer.
OP – Pergunto mais no sentido pessoal, considerando as decepções com o atual momento do Congresso. Isso pode fazer com que o senhor desista de tentar novo mandato na Câmara?
Miro Teixeira – Eu amo a Câmara dos Deputados e odeio aqueles que levam essa instituição à perda de prestígio. A Câmara dos Deputados é o cenário onde o povo brasileiro vai encontrar sua redenção, tenho certeza.
OP – O senhor foi, durante cerca de dois anos, ministro das Comunicações no primeiro governo Lula. Quais são as diferenças mais fortes que observa quando se é de um de outro poder, do Executivo e do Legislativo?
Miro Teixeira – No Executivo você leva muito menos tempo para botar uma ideia em prática, enquanto no Legislativo há uma disputa de vaidades enorme, tem uma postura de submissão dos deputados, até porque, quem não se sujeitar a isso tem seus projetos boicotados. Quem bajula é premiado, quem não bajula é mal visto.
OP – Qual é a grande marca da trajetória que Miro Teixeira poderá deixar como deputado, considerando desde quando tudo começou lá no ano de 1971?
Miro Teixeira – A colaboração premiada. Não existia no Brasil, existia em quase toda parte do mundo, e em 1989 instalei a comissão com objetivo de trazer para o País essa legislação, que tanto resultado tem trazido para as investigações hoje em curso. Então, a colaboração premiada, chamada de delação, indevidamente.....

Delação


O POVO – O senhor tem alguma crítica à aplicação dela, porque existem correntes considerando que a prática tem sido distorcida em muitos momentos no Brasil?

Declaração de Ciro contra PT provoca reação no partido

01:30 | 26/02/2018
CIRO GOMES criticou o PT e recebeu uma resposta dura do líder na Câmara FCO FONTENELE
CIRO GOMES criticou o PT e recebeu uma resposta dura do líder na Câmara FCO FONTENELE
A declaração do pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) sobre as dificuldades de o PT apoiá-lo nas eleições deste ano causou tensão no partido. Após se reunir com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), Ciro disse que era “mais fácil um boi voar do que o PT apoiar alguém”. A declaração do ex-governador do Ceará foi concedida durante entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, na última sexta-feira, 23. Ciro afirmou que os tribunais vão impedir a candidatura de Lula por conta da Lei da Ficha Limpa. “Lula vai registrar e aí começa com o negócio que a gente sabe: liminar de juiz acolá, puxadinho jurídico pra acolá”, disse classificando a atitude como “miudice política”.
Ciro tem buscado aproximação com o partido e, conforme as últimas pesquisas, é um dos candidatos que mais herdam votos de Lula, caso o petista saia da disputa. Antes da declaração, o pedetista discutiu com o Fernando Haddad, atual coordenador do programa do PT, a possibilidade de os partidos de centro-esquerda se unirem ainda antes da campanha. A articulação recebeu aval do ex-presidente Lula. Um dia depois da entrevista de Ciro, o deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, reagiu aos comentários dizendo que o pedetista sofria de “diarreia verbal”. “Além de ser indelicado com Lula, revela baixa capacidade de solidariedade em um momento em que precisamos estar unidos em defesa de democracia”, escreveu no Twitter. Ele também afirmou que “não vai ser batendo no Lula” que Ciro irá “se credenciar como um nome com capacidade de conduzir o País”. 
Líder da oposição, José Guimarães (PT-CE) diz que a fala denota “falta de rumo” do pré-candidato. “Um dia ele se reúne com o Haddad e no outro ele fala mal do PT”, afirma. “Se Ciro ficasse calado, talvez fosse melhor para ele”. Na opinião do presidente estadual do partido, De Assis Diniz, a declaração é uma “agressão gratuita”. Ainda assim, o dirigente não acredita que a declaração vá prejudicar a relação com o partido, mas diz que “deixa claro que ele não quer o apoio do PT”. 
Ex-líder do partido na Câmara, Afonso Florence (PT-BA) atribui a declaração à “intempestividade” do Ciro. “Não é em cima do muro que ele vai se viabilizar eleitoralmente”, reage. O parlamentar também diz que “não é fato” que o PT não forma alianças. “Há apoio nos estados. Agora, em uma eleição nacional, Ciro como postulante tem que esperar o tempo correto. O Lula não está inviabilizado”, diz. Para o parlamentar, Ciro fez a declaração fora do “tempo correto”. 
O POVO entrou em contato ontem à noite com a assessoria de comunicação do governador Camilo Santana, que é petista e aliado de Ciro, mas não obteve resposta. À tarde, a reportagem também contatou o secretário de Governo Nelson Martins (PT) que preferiu não comentar, justificando que não acompanhou o caso. (Rômulo Costa)

CAMPEONATO CEARENSE Federação divulga tabela da 2ª Fase e confirma Clássico-Rei no domingo

Está confirmado! Como o Esportes O POVO antecipou, o segundo Clássico-Rei do Campeonato Cearense vai acontecer no domingo, dia 4/3, e será válido pela segunda rodada da 2ª Fase do certame. A oficialização veio com a divulgação da tabela da sequência do Estadual por parte da FCF, ainda na noite deste domingo, 25.

A primeira rodada da 2ª Fase já acontece no meio de semana. Na quinta-feira, 1, o Fortaleza recebe o iguatu no Castelão, em jogo marcado para 21h15min. Sexta, 2, o Ceará encara o Uniclinic no Castelão e o Ferroviário joga contra o Floresta no PV, os dois jogos começando às 20 horas.
A segunda rodada começa no domingo, 4, com Iguatu x Ferroviário no Morenão, às 17 horas e Clássico-Rei na sequência, às 19 horas, no Castelão. Na segunda-feira, 5, Floresta e Uniclinic se enfrentam no Domingão, às 20 horas.

Apenas a última rodada da 2ª Fase ficou com locais, horários e datas indefinidas. Nesta etapa do Campeonato Cearense, os seis times jogam cinco vezes e os quatro primeiros avançam para as semifinais.

Confira a tabela completa da 2ª Fase: 
Tabela da 2ª fase do Campeonato Cearense. Divulgação/FCF

Após exames de Neymar, Unai Emery diz: “Estamos otimistas”

O Paris Saint-Germain está otimista quanto a lesão de Neymar. O técnico Unai Emery comentou sobre os exames realizados pelo brasileiro, que torceu o tornozelo direito sozinho em partida do PSG contra o Olympique de Marselha, neste domingo.
“Se eu tivesse que me pronunciar sobre o jogo do Real (Madrid, no dia 6 de março, pela Liga dos Campeões) esta noite, eu diria que Neymar pode estar presente. Os primeiros exames no vestiário dizem ser uma entorse. Outros exames serão feitas para termos mais precisão. Nós estamos otimistas”, afirmou o espanhol em entrevista coletiva.
De acordo com o comandante, os diagnósticos iniciais apontam uma entorse no tornozelo, sem lesão nos ligamentos. Neymar ainda fará exames mais detalhados nesta segunda-feira, após o local começar a desinchar (o tratamento para tal já foi iniciado).
Aos 31 minutos do segundo tempo, o atacante torceu o tornozelo direito sozinho em campo, recebeu longo atendimento médico no gramado e precisou deixar o gramado de maca, aparentando muitas dores. O PSG já havia feito três substituições e ficou com um atleta a menos.
Após o confronto, Cavani revelou que o companheiro ainda chorava no vestiário quando os demais atletas voltaram para as instalações após o término do jogo. O capitão Thiago Silva declarou, ainda no gramado, que não acredita na presença de Neymar no duelo contra o próprio Olympique, na próxima quarta-feira, pelas quartas de final da Copa da França.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

INTERIOR DO CEARÁ Sem motéis na cidade, moradores de Itatira usam locais públicos para fazer sexo

Na cidade de Itatira, a 216 quilômetros de Fortaleza, se tornou rotina ver casais fazendo sexo em via pública, açudes e até à beira do reservatório de água que abastece a Cidade. Com mais de 20 mil habitantes, o município do Interior do Ceará não possui nenhum motel. 

De acordo com uma fonte da Cidade, que pediu para não ser identificada, denúncias de locais que se tornaram "motéis a céu aberto" chegam com frequência. "Perto de açudes, perto do curral, na ponte do seu Joaquim, o próprio reservatório de água que abastece a comunidade é utilizado para a prática de orgias. Na beira do açude, na localidade de São Pedro", pontua.

O morador explica que o município possui pousadas, mas alguns desses estabelecimentos se recusam a receber casais quando percebem que não vão passar a noite. Outro problema é que as poucas pousadas que aceitam são localizadas no centro da Cidade. "Como a cidade é pequena, as pessoas comentam. Então, muitos preferem o mato para evitar fofocas", relata. 

Entre os perigos da prática do sexo em locais públicos, o morador cita a questão dos insetos e até de escorpiões e cobras. No caso do local utilizado perto do curral, o problema tem sido os bois. Ele relata que há casos de pessoas que quase foram feridas pelos chifres do animal. No açude, quem frequenta o local encontra camisinhas jogadas no chão.  

Uma moradora de Itatira, de 40 anos, que pediu para não ser identificada, diz que mudou a rotina e evita sair à noite. "Às vezes, a gente vai andando e tem carros parados, casal de moto. A gente tem é medo. É na lagoa, atrás do cemitério. Só o que tem é camisinha. No açude também", lamenta. 

Para a moradora, a falta de um motel é motivo para reclamação de muitas pessoas. "Às vezes é gente de fora que vem passar Carnaval, Semana Santa, que a gente nem conhece. Então, temos medo que faça algo com a gente. Quando é alguém conhecido corre quando vê a gente", relata.  

Motel mais próximo fica em Boa Viagem

Deujacir Vieira/Itatira fotos
  O policial militar que se identificou como sargento Félix, do destacamento de Itatira, relata que nunca atendeu uma ocorrência de sexo em via pública e informou que o número do destacamento é divulgado para que os moradores denunciem qualquer tipo de movimentação estranha. 

Ele confirma que a cidade não possui motel e que o estabelecimento mais próximo fica no município de Canindé ou Boa Viagem, a aproximadamente 80 quilômetros de Itatira. O PM evela que a Cidade de Madalena sofre com a mesma situação. "Só em Boa Viagem tem três ou quatro. Em Canindé tem uns cinco. Em Madalena fui há uns dias e vi que não tem", disse. 


Sexo em via pública é crime, mas não gera prisão em flagrante 

O advogado criminalista, Leandro Vasques, baseadp no artigo 233, do Código Penal Brasileiro, afirma que praticar ato obsceno em lugares públicos é crime, com pena prevista de três meses a um ano de detenção ou multa. "Qualquer ato obsceno que ofenda o pudor, pode ser enquadrado. A pessoa tirar a roupa e sair no meio da rua também configura o mesmo crime", relatou.
O fato de estar fora ou dentro do carro, sendo em local público, não interfere em nada e continua sendo um crime. "É só ser um local público. Ainda que esteja em um carro de estacionamento privado, mas de acesso ao público, entendo que o crime também se configura", explica. 

Leandro Vasques informa que, como a pena é de três meses a um ano, não admite prisão em flagrante. Os envolvidos são levados à delegacia e é lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), onde os contraventores se comprometem a comparecer a um ato judicial perante um juizado especial.

JÉSSIKA SISNANDO

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

As horas finais e o mistério por trás das mortes dos chefões do PCC

Em depoimento à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), as viúvas de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca, reconstituíram as últimas horas de vida dos dois chefes do PCC, mortos no Ceará no último dia 15 de fevereiro. 
No documento, ao qual O POVO teve acesso, Andrea Soares Maciel, esposa de Gegê havia duas décadas, e Juliana Ponciano de Sousa, casada com Paca por 22 anos, jogam luzes sobre alguns aspectos que cercam os assassinatos dos dois “irmãos” de facção.
De acordo com elas, as horas que antecederam o “voo da morte” de Gegê e Paca foram dedicadas à preparação de uma longa viagem que os traficantes fariam.  
Segundo as companheiras, Paca teria contado que o deslocamento levaria de três a quatro dias de helicóptero, a depender das condições climáticas. O criminoso, contudo, não revelaria o seu destino. Por razões de segurança, ele não mencionava sua atual localização, tampouco a de Gegê.  
Elas acreditavam, entretanto, que os dois estivessem sempre juntos. Amigos desde a época em que cumpriram pena numa penitenciária de São Paulo, Paca era padrinho de um dos filhos de Gegê. “Os dois se conheceram na cadeia”, disse Juliana.  
Um dia antes da viagem, narra a esposa, o marido se encontrou com o piloto do helicóptero no qual iria embarcar com o comparsa. O objetivo era acertar detalhes da mudança. Ela fala que, além de Paca, Gegê e o piloto, havia ainda um quarto passageiro na aeronave, sobre quem diz não saber nada. Esse é um dos pontos cruciais para decifrar o mistério por trás dos assassinatos: quem era o quarto passageiro do helicóptero? 
Mãe de dois filhos, um de 12 e outro de três anos, Andrea, a companheira de Gegê, acrescenta que “Rogério não sabia” que estava sob ameaça. No Ceará desde o ano passado, a maior liderança do PCC fora das prisões se estabelecera no Estado, onde tinha comprado imóveis e veículos de luxo e circulava entre praias e parque aquático.  
O depoimento de Juliana reitera a impressão de que os dois traficantes tinham rotina tranquila no Ceará. Em seu testemunho, a esposa de Paca admite não ter notado “qualquer mudança no comportamento de Fabiano” enquanto esteve com o marido em um apartamento no condomínio de alto padrão Alphaville, em Aquiraz. Ali, a família comemoraria o Natal e o Ano Novo. 
Apesar disso, ela avalia que Paca não tinha a intenção de se fixar na região. 
Ele estaria apenas de passagem pelo Ceará. Até cair numa “emboscada”. 
Noutro trecho do depoimento, Juliana é mais precisa. Microempresária, ela informa ter chegado à capital cearense no dia “2 de dezembro do ano passado com os dois filhos mais novos”. O mais velho, de 20 anos, chegaria a Fortaleza só depois do Réveillon. As famílias dos membros da facção permaneceriam no Estado até depois do Carnaval. No dia 15, uma quinta, Gegê e Paca fretaram um ônibus e embarcaram esposas e filhos de volta. O veículo, que saiu da Capital nesse mesmo dia, chegaria a São Paulo 72 horas depois. Durante a viagem, Andrea receberia apenas uma mensagem de Gegê. Nela, a foto de uma paisagem de praia e mata vista do alto. À Juliana, Paca escreveria também somente uma vez, via WhatsApp: “Oi, amor. Graças a Deus, tudo na paz”. Dali em diante, os dois casais não se veriam mais. Minutos depois, conforme a principal linha de investigação da Polícia, Gegê e Paca seriam mortos em uma região de mata fechada numa reserva indígena, em Aquiraz. Seus corpos foram encontrados com marcas de disparo de arma de fogo na cabeça e golpes de faca. Num aviso típico dos códigos das facções e da máfia, seus olhos foram perfurados.   

TRECHOS DOS DEPOIMENTOS 
Eu via ele apenas no final do ano e nas férias dos meus filhos. Um dia antes das mortes, Paca saiu sozinho para encontrar o piloto e acertar a viagem para o dia seguinte 
JULIANA PONCIANO DE SOUSA, mulher do Paca  
Alguém próximo pode ter feito isso... Rogério não sabia que isso iria acontecer com ele. Temia estar sendo interceptado 
ANDREA SOARES MACIEL, casada com Gegê do Mangue há 20 anos. Ela disse que o marido não tinha problemas com Marcola
Eu vim apenas dar um abraço nele...Nunca quis saber disso 
RENATA JEREMIAS DE SIMONE,  irmã de Gegê do Mangue, em depoimento à polícia no dia 19 de fevereiro. Ela disse que reconheceu o irmão pelas tatuagens e que não sabia da posição dele dentro do PCC

DENÚNCIA Rafaela Silva se queixa de preconceito em abordagem policial

Rafaela Silva foi campeã olímpica no judô nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016 (Foto: Jack GUEZ / AFP)
A judoca Rafaela Silva foi às redes sociais reclamar do preconceito racial sofrido nesta quinta-feira, durante o seu retorno ao Rio de Janeiro, cidade onde reside. Atual campeã olímpica dos pesos-leve (até 57kg), ela foi abordada por uma viatura quando voltava para casa de táxi e se indignou com a maneira que acabou sendo questionada pelos policiais.

Segundo Rafaela Silva, os agentes também questionaram o taxista, querendo saber aonde ele havia buscado a judoca e para onde estaria levando-a. Ao serem notificados de que a judoca tinha acabado de sair do aeroporto, os policiais teriam dito: "Achei que tinha pego na favela".

Confira os tweets que a atleta fez em sua conta no Twitter denunciando o caso: