No Dia Mundial de Conscientização da Psoríase, marcado no último sábado, 29,. a coordenadora do ambulatório de psoríase do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, Letícia Oba Galvão, alertou que o principal problema do paciente ainda é a discriminação. “Como são lesões na pele, placas vermelhas descamativas, as pessoas leigas acham que é contagioso. Por isso, o paciente acaba se fechando, se cobre e não procura um tratamento”, afirmou.
A dermatologista explicou que, apesar de incomodar, com coceiras e ardência na pele, com o tratamento adequado o paciente consegue conviver com a lesão e melhorar sua qualidade de vida. Em Fortaleza, o Hospital Universitário Walter Cantídio e o Centro de Saúde Dona Libânia são referências no tratamento da doença.
A psoríase é uma doença crônica, grave e não transmissível. As áreas mais acometidas pelas lesões são cotovelos, joelhos e couro cabeludo. O tratamento varia conforme a gravidade. “Quadros leves são tratados com pomadas. Conforme as estatísticas, 30% a 40% dos quadros são leves. Como é uma doença crônica, às vezes o paciente cansa de ficar cuidando, mas alguns ficam com o quadro leve a vida toda”, acrescentou Letícia.
Ela esclareceu que os quadros mais graves podem levar a comprometimentos definitivos nas articulações. Além disso, os pacientes de psoríase têm mais chances de ter eventos cardiovasculares, como infartos e pressão alta, e síndromes metabólicas em geral, como diabetes e obesidade. “Por isso, quadros moderados e graves exigem o acompanhamento contínuo”.
A doença atinge de 1% a 3% da população mundial. A maior incidência é em caucasianos, entre 30 e 50 anos. O estado emocional do paciente também interfere no desenvolvimento das lesões. (Ag. Brasil)
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