
Com a condenação em segunda instância, Lula se torna inelegível de acordo com a Lei da Ficha Limpa. No entanto, o partido já reafirmou que irá registrar a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a data limite de 15 de agosto. Cabem recursos que podem garantir a participação do petista no pleito. Mas as implicações legais do registro tornam a candidatura incerta. Os líderes petistas têm evitado falar em plano B. No entanto, um vice poderia herdar a cabeça de chapa numa eventual prisão ou impugnação do registro de Lula. Entre os petistas, os mais cotados para substituir o ex-presidentes são Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e coordenador do programa de governo do PT para 2018, e Jaques Wagner, duas vezes governador da Bahia. O governador Camilo Santana esteve na reunião da CUT em São Paulo para o lançamento da pré-candidatura de Lula. Em entrevista ao O POVO, há pouco menos de um ano, o governador disse que defenderia uma chapa Ciro/Haddad. A relação entre Ciro e o PT tem sido dúbia, com críticas e elogios por parte do pedetista, ex-ministro de Lula.
Logo que o PDT apresentou Ciro como pré-candidato, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, descartou uma aliança em que Ciro fosse vice de um petista. “Nós apoiamos o PT, esperamos esse apoio de volta. Ciro vai ser o cabeça de chapa. Disso, não abrimos mão”, disse à época.
A assessoria de Ciro Gomes informou que ele passou por cirurgia de correção de septo nasal na manhã de ontem e, por esse motivo, não comentaria o assunto por enquanto. ISABEL FILGUEIRAS CORRESPONDENTE DO O POVO EM SÃO PAULO isabelfilgueiras@opovo.com.br
ISABEL FILGUEIRAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário