quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

OPERAÇÃO CASCALHO DO MAR Prefeito de Paracuru é preso por porte ilegal de armas e gestores são afastados

A pedido do Ministério Público Estadual do Ceará (MPCE), a Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira, 13, operação no município de Paracuru, adotando medidas cautelares ao prefeito José Ribamar Barroso Baptista (PSDB), além de secretários e empresários. A Operação Cascalho do Mar investiga fraudes em licitação, além do crime de associação criminosa e corrupção. A ação policial se estendeu por Fortaleza, Tauá, Eusébio, Caucaia e Groaíras.
O prefeito foi conduzido coercitivamente e afastado do cargo. Conhecido na região como Ribeiro, ele ainda foi preso em flagrante por porte ilegal de armas. Foram cumpridas prisões preventiva e temporária, busca e apreensão, além do afastamento de outros gestores públicos de Paracuru. 
O filho do prefeito de Paracuru, Ranieri de Azevedo Batista, e os empresários Alonso de Melo Feitosa e Gabriel Ilário da Silva foram presos preventivamente. A chefe de Gabinete e filha do prefeito de Paracuru, Joana D’Arc Batista Carvalho, a secretária de Governo de Paracuru Érica da Silva Brasil, e o empresário Ricardo Henrique Lemas foram presos temporariamente. Todos foram encaminhados para o Centro de Triagem e Observação Criminológica, no município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. 
Foram conduzidos coercitivamente o contador José Wellington da Silva, o presidente da Comissão de Licitação do município, Pedro Paulo Quirino, e os secretários Werley Sales Pinheiro (Infraestrutura), Sinval Ribeiro de Almeida (Segurança Patrimonial, Cidadania e Trânsito), Diana Jaqueline Mendes Meireles (Educação), Camylle Alcoforado Pinho Costa (Saúde), Ricardo de Azevedo Alves (Turismo, Cultura e Meio Ambiente), e os empresários José Luís Nunes Tavares e Sandra Elisabeth Arruda. As oitivas são realizadas no Fórum de Paracuru e na sede da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), em Fortaleza. 
A procuradora de Justiça e procuradora do Procap, Vanja Fontenele, adiantou que armas, munições, dinheiro, e farto material de provas foram apreendidos. Combustível adulterado também foi identificado em um posto de gasolina. O material será analisado pelas equipes do Ministério Público ao longo desta quarta-feira.
São investigadas as empresas Petróleo Nosso (Paracuru), São Jorge Locação e Construção (Fortaleza), Terra Sol Transporte e Locações (Eusébio), Pádua Empreendimentos (Groaíras), e Onzemais Serviços e Locações (Fortaleza). 
O trabalho de investigação é uma parceria entre MPCE, Grupo de Atuação Especial e Combate a Organizações Criminosas (Gaeco), e Polícia Civil. A operação foi autorizada pela desembargadora Lígia Andrade de Alencar Magalhães.
Participaram da operação 28 equipes compostas por membros da Procap, do Gaeco, do Núcleo de Investigação Criminal (NUINC), promotores de Justiça de Fortaleza e do Interior e policiais civis e militares. 


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