Em um novo parecer encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, reiterou o pedido de cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014.
A manifestação de Dino, feita no âmbito da ação que apura se os candidatos cometeram abuso de poder político e econômico para se reeleger, pede que apenas a petista seja declarada inelegível por oito anos.
Relator do processo na corte eleitoral, o ministro Herman Benjamin liberou ontem o processo para julgamento. Caberá agora ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, definir a data para que o plenário volte a analisar o caso.
Segundo a reportagem apurou, integrantes do TSE cogitam tentar retomar o julgamento já na quinta-feira da próxima semana, dia 25 de maio. O mais provável, porém, é que o caso retorne ao plenário da corte eleitoral na primeira quinzena de junho.
Há ministros que ainda não terminaram de ler o relatório de 1,2 mil páginas elaborado pelo relator do processo. Além disso, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, está em viagem oficial a São Petersburgo, na Rússia, onde participa da 14ª Conferência Europeia de Órgãos de Organização de Eleições. Gilmar só deve retornar ao Brasil nesta sexta-feira.
Assim que voltar da Rússia, Gilmar deve se reunir com os colegas de tribunal para definir um novo calendário do julgamento - a ideia é que, a exemplo do que ocorreu em abril, várias sessões em sequência sejam dedicadas à ação contra a chapa Dilma-Temer, vista como o processo mais importante da história da corte eleitoral.
Conhecimento
Em março deste ano, o vice-procurador-geral eleitoral já havia pedido ao TSE, em um outro parecer, a cassação da chapa Dilma-Temer e que apenas Dilma fosse considerada inelegível.Depois da manifestação de Dino, o TSE decidiu, no dia 4 de abril, reabrir a fase de coleta de provas do processo, com mais quatro depoimentos - do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, do marqueteiro João Santana, da empresária e mulher de Santana, Mônica Moura, e de André Santana, assistente do casal. Foi o próprio Ministério Público Eleitoral que pediu que o casal de marqueteiros e André Santana fossem ouvidos pela Justiça Eleitoral.
Em depoimentos ao ministro Herman Benjamin, Mônica Moura e João Santana afirmaram que Dilma sabia do uso de caixa 2 na sua campanha à reeleição - mas disseram que não trataram de assuntos financeiros com Temer. Este é um dos principais argumentos de Dino para justificar o pedido de que Dilma seja considerada inelegível, mas não o atual presidente.
Se os ministros do TSE acompanharem o entendimento de Dino, o presidente poderia concorrer numa eleição indireta. (Agência Estado)
Saiba mais
Michel Temer
O presidente Michel Temer voltou a negar que teria comandado reunião para tratar de pagamento de propinas ao PMDB, que somariam US$ 40 milhões, conforme disse em delação premiada o ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial Márcio Faria. O executivo disse que, nesse encontro, Temer sentava-se à cabeceira da mesa para combinar o valor.
Em entrevista a rádios regionais ontem, o presidente classificou as acusações de “fantasiosas”. “O Judiciário vai levar adiante essa coisa de sentado a uma cabeceira, fazendo reunião de mafiosos? E US$ 40 milhões, você disse? É muita coisa. São coisas fantasiosas, mas que pegaram. Divulgou-se muito e isso tem de ser apurado. E será apurado”, afirmou Temer. Quando questionado sobre a permanência de oito ministros de seu governo investigados pela Operação Lava Jato, Temer disse que a decisão sobre eles virá no momento oportuno, pois isso depende de inquérito. Além disso, o presidente disse que seus ministros são “de uma competência extraordinária”.
O presidente também comentou a denúncia feita pela empresária Mônica Moura, mulher do ex-marqueteiro do PT João Santana, em delação premiada na Lava Jato, de que dinheiro de corrupção teria sido usado para pagar despesas com cabeleireiro de Dilma Rousseff.
Relator do processo na corte eleitoral, o ministro Herman Benjamin liberou ontem o processo para julgamento. Caberá agora ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, definir a data para que o plenário volte a analisar o caso.
Segundo a reportagem apurou, integrantes do TSE cogitam tentar retomar o julgamento já na quinta-feira da próxima semana, dia 25 de maio. O mais provável, porém, é que o caso retorne ao plenário da corte eleitoral na primeira quinzena de junho.
Há ministros que ainda não terminaram de ler o relatório de 1,2 mil páginas elaborado pelo relator do processo. Além disso, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, está em viagem oficial a São Petersburgo, na Rússia, onde participa da 14ª Conferência Europeia de Órgãos de Organização de Eleições. Gilmar só deve retornar ao Brasil nesta sexta-feira.
Assim que voltar da Rússia, Gilmar deve se reunir com os colegas de tribunal para definir um novo calendário do julgamento - a ideia é que, a exemplo do que ocorreu em abril, várias sessões em sequência sejam dedicadas à ação contra a chapa Dilma-Temer, vista como o processo mais importante da história da corte eleitoral.
Conhecimento
Em março deste ano, o vice-procurador-geral eleitoral já havia pedido ao TSE, em um outro parecer, a cassação da chapa Dilma-Temer e que apenas Dilma fosse considerada inelegível.Depois da manifestação de Dino, o TSE decidiu, no dia 4 de abril, reabrir a fase de coleta de provas do processo, com mais quatro depoimentos - do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, do marqueteiro João Santana, da empresária e mulher de Santana, Mônica Moura, e de André Santana, assistente do casal. Foi o próprio Ministério Público Eleitoral que pediu que o casal de marqueteiros e André Santana fossem ouvidos pela Justiça Eleitoral.
Em depoimentos ao ministro Herman Benjamin, Mônica Moura e João Santana afirmaram que Dilma sabia do uso de caixa 2 na sua campanha à reeleição - mas disseram que não trataram de assuntos financeiros com Temer. Este é um dos principais argumentos de Dino para justificar o pedido de que Dilma seja considerada inelegível, mas não o atual presidente.
Se os ministros do TSE acompanharem o entendimento de Dino, o presidente poderia concorrer numa eleição indireta. (Agência Estado)
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Michel Temer
O presidente Michel Temer voltou a negar que teria comandado reunião para tratar de pagamento de propinas ao PMDB, que somariam US$ 40 milhões, conforme disse em delação premiada o ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial Márcio Faria. O executivo disse que, nesse encontro, Temer sentava-se à cabeceira da mesa para combinar o valor.
Em entrevista a rádios regionais ontem, o presidente classificou as acusações de “fantasiosas”. “O Judiciário vai levar adiante essa coisa de sentado a uma cabeceira, fazendo reunião de mafiosos? E US$ 40 milhões, você disse? É muita coisa. São coisas fantasiosas, mas que pegaram. Divulgou-se muito e isso tem de ser apurado. E será apurado”, afirmou Temer. Quando questionado sobre a permanência de oito ministros de seu governo investigados pela Operação Lava Jato, Temer disse que a decisão sobre eles virá no momento oportuno, pois isso depende de inquérito. Além disso, o presidente disse que seus ministros são “de uma competência extraordinária”.
O presidente também comentou a denúncia feita pela empresária Mônica Moura, mulher do ex-marqueteiro do PT João Santana, em delação premiada na Lava Jato, de que dinheiro de corrupção teria sido usado para pagar despesas com cabeleireiro de Dilma Rousseff.
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