O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostra 1,12% de crescimento na economia brasileira no primeiro trimestre de 2017 (janeiro a março) ante o último trimestre do ano passado (outubro a dezembro). O resultado vem após oito trimestres consecutivos de queda, indicando que o País começa a reverter a recessão histórica pela qual passa.
Como o índice antecipa o Produto Interno Bruto (PIB) do trimestre, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em junho, a expectativa é que o resultado do PIB também seja positivo. O Brasil estava em recessão técnica desde o segundo trimestre de 2015, quando recuou dois trimestres seguidos.
Quando a atividade econômica deste trimestre é comparada com o mesmo período de 2016, nota-se avanço de 0,29% pela série observada. Mas os dados do BC apontam retração de 0,44% no índice quando comparado, após ajuste sazonal, com fevereiro. Esta foi o primeiro recuo do IBC-BR neste ano e o maior mensal desde agosto de 2016. Sem considerar ajuste sazonal, a alta foi de 9,28% no índice de março. No acumulado em 12 meses até março, dado dessazonalizado, houve recuo de 2,78%. Sem ajuste a queda foi menor, de 2,63%.
Compõem indício de fim de recessão um conjunto de fatores. Um é o controle da inflação, que chegou a 10,7% em janeiro de 2016, e hoje está em 4,08% no acumulado de 12 meses, abaixo do centro da meta de 4,5%. Outro é a redução da taxa básica de juros (Selic), que ficou em 14,25% ao ano, de julho e 2015 a agosto de 2016, e hoje está a 11,25%.
Lauro Chaves, presidente do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon-CE), diz que ainda é necessário observar o comportamento do emprego, que é a última variável a reagir. “A melhora da expectativa dos empresários mais o conjunto de fatores dão início à retomada”.
Sérgio Melo, economista e sócio da SM Consultoria, também diz que há um quadro de reversão das expectativas econômicas negativas e que isso se dá também devido às medida macroeconômicas estruturantes que o Governo Federal vem tomando. “Ainda que os resultados não existam, a expectativa está contaminando o mercado da economia real, que começa a se antecipar aos fatos e provoca retomada”.
Henrique Marinho, economista e membro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), também acredita em sinais positivos da economia e espera uma Selic em 8% ao ano, no fim de 2017. “Cria-se um ciclo virtuoso em que inflação cai, BC reduz juros, redução leva a investimentos investimentos levam a crescimento do PIB. Para ele, o emprego ainda vai gerar dessabor até o fim de de junho. Isso porque as empresas começam a produzir com a volta da atividade econômica, mas as contratações se dão apenas quando os estoques reduzirem. “O emprego começa a reagir quando a mão de obra de hoje chegar no limite e quando tiver demanda maior do produto”, complementa Sérgio. (Colaborou Lígia Costa)
Quando a atividade econômica deste trimestre é comparada com o mesmo período de 2016, nota-se avanço de 0,29% pela série observada. Mas os dados do BC apontam retração de 0,44% no índice quando comparado, após ajuste sazonal, com fevereiro. Esta foi o primeiro recuo do IBC-BR neste ano e o maior mensal desde agosto de 2016. Sem considerar ajuste sazonal, a alta foi de 9,28% no índice de março. No acumulado em 12 meses até março, dado dessazonalizado, houve recuo de 2,78%. Sem ajuste a queda foi menor, de 2,63%.
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Nicolino Trompieri Neto, coordenador de Contas Regionais do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), diz que para se falar em fim da crise é necessário ver o comportamento de mais um trimestre. “O resultado indica um possível fim da crise, mas é necessário ver a sustentabilidade desse crescimento. Pode-se dizer que o fundo do poço já passou” .Compõem indício de fim de recessão um conjunto de fatores. Um é o controle da inflação, que chegou a 10,7% em janeiro de 2016, e hoje está em 4,08% no acumulado de 12 meses, abaixo do centro da meta de 4,5%. Outro é a redução da taxa básica de juros (Selic), que ficou em 14,25% ao ano, de julho e 2015 a agosto de 2016, e hoje está a 11,25%.
Lauro Chaves, presidente do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon-CE), diz que ainda é necessário observar o comportamento do emprego, que é a última variável a reagir. “A melhora da expectativa dos empresários mais o conjunto de fatores dão início à retomada”.
Sérgio Melo, economista e sócio da SM Consultoria, também diz que há um quadro de reversão das expectativas econômicas negativas e que isso se dá também devido às medida macroeconômicas estruturantes que o Governo Federal vem tomando. “Ainda que os resultados não existam, a expectativa está contaminando o mercado da economia real, que começa a se antecipar aos fatos e provoca retomada”.
Henrique Marinho, economista e membro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), também acredita em sinais positivos da economia e espera uma Selic em 8% ao ano, no fim de 2017. “Cria-se um ciclo virtuoso em que inflação cai, BC reduz juros, redução leva a investimentos investimentos levam a crescimento do PIB. Para ele, o emprego ainda vai gerar dessabor até o fim de de junho. Isso porque as empresas começam a produzir com a volta da atividade econômica, mas as contratações se dão apenas quando os estoques reduzirem. “O emprego começa a reagir quando a mão de obra de hoje chegar no limite e quando tiver demanda maior do produto”, complementa Sérgio. (Colaborou Lígia Costa)
BEATRIZ CAVALCANTE
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