sábado, 31 de dezembro de 2016

Após ano de fracassos, os novos sonhos

Depois de passar um ano em branco, é preciso refletir sobre o que (não) foi feito para que 2017 seja diferente. O calendário futebolístico de 2016 se encerrou sem motivos de comemoração para os torcedores cearenses. Ceará e Fortaleza, as principais potências do Estado, frustraram seus adeptos com campanhas decepcionantes no cenário nacional. 
 
Sem conquistas relevantes ou ascensão de divisão, o fiasco de alvinegros e tricolores nas séries B e C do Campeonato Brasileiro, respectivamente, reflete em lamentações para quem torce pelo futebol local. 
FCO FONTENELE
Fortaleza foi eliminado pelo Juventude na partida que valia vaga na Série B
  
Apesar da conquista do bicampeonato estadual, da melhor campanha na Copa do Brasil — tendo chegado às oitavas de final — e de ter avançado estrutural e administrativamente, o Fortaleza fracassou em seu principal objetivo ao ver se repetir o filme dos últimos anos. O Tricolor, mais uma vez, foi eliminado no mata-mata da Série C, desta vez para o Juventude, do Rio Grande do Sul, novamente com o Castelão lotado. Agora, o Leão vai para o oitavo ano seguido na Terceira Divisão. Fardo pesado que o torcedor tricolor não vê chegar ao fim e aumenta a tensão a cada ano.

O fracasso do rival foi o único motivo que o torcedor do Ceará encontrou para celebrar durante 2016. Em um ano de fiascos, o Vovô terminou em 5º no Estadual, ficando fora da Copa do Nordeste 2017. Foi ainda eliminado nas quartas de final do próprio Nordestão, na 3ª fase da Copa do Brasil, e deixou escapar o acesso na Série B depois de ter terminado o primeiro turno na 2ª posição. O desempenho na segunda metade da Segundona foi tão terrível que o Alvinegro acabou o campeonato em 10º, desperdiçando uma classificação que parecia já garantida.
 
A dupla, agora, acumula sete anos sem acesso no Campeonato Brasileiro. O último a conseguir tal feito foi o Ceará, em 2009, quando ascendeu à Série A, mas foi rebaixado em 2011 e desde então permanece na Série B.
 
A latente necessidade de mudanças exigiu dos dois clubes grandes reformulações, de elenco e comissão técnica. A expectativa para o ano que chega é de que os mesmos erros não sejam repetidos. 
Desde o planejamento fora de campo ao resultado dentro dele. 
 
Com elencos remodelados, os clubes terão muitas caras novas, e o torcedor espera que esses jogadores não se deixem afetar pela pressão já acumulada de temporadas anteriores para conseguir alcançar os objetivos.

O ano se inicia com a esperança de novas conquistas e avanço no cenário nacional. Sob o comando de Gilmar Dal Pozzo, o Ceará tem o Campeonato Cearense como prioridade inicial, por não participar da Copa do Nordeste e ter visto o título estadual ficar nas mãos do rival Fortaleza nos últimos dois anos. A não participação no Nordestão dá ao clube a chance de disputar, de forma inédita, a Primeira Liga, com oportunidade de projeção nacional em duelos contra Flamengo, Grêmio e América-MG na fase de grupos. O acesso à Série A segue como prioridade irrefutável e, com orçamento reduzido em relação às últimas temporadas, será para este período que o Vovô vai concentrar a maior parte dos investimentos.
 
Ao Fortaleza, 2017 reserva a última chance de escapar do calvário da Série C antes do centenário, já que em 2018 o clube comemora o 100º aniversário. O técnico Hemerson Maria, que comandou o Tricolor na eliminação deste ano, tem nova oportunidade para escrever um final diferente para a história. Agora, podendo começar o trabalho do zero, implantando a própria filosofia e estilo de jogo. Ele terá a companhia do executivo César Sampaio, peça-chave e responsável direto pelo futebol leonino. 
 
Certo é que a cobrança das torcidas será ainda maior no ano que vem. Para Ceará e Fortaleza é preciso observar além da grama do rival e pensar em conquistas nacionais, para que possam, efetivamente, buscar relevância no futebol brasileiro. Quem ganha é o futebol cearense. E o torcedor, que anseia por sair do roteiro de frustrações.  

Saiba mais 

O ano de 2016
marcou mais uma temporada de fracassos para outros clubes cearense. Demais representantes do Estado no Campeonato Brasileiro, Guarani de Juazeiro, Uniclinic e Icasa foram eliminados na Série D. O Verdão do Cariri foi ainda rebaixado à Série B do Estadual, completando um dos piores anos de sua história. Assim, o futebol cearense chega ao seu quarto ano seguido sem conquistar acesso de nenhum clube nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro.  

2018 É o ano do centenário do Fortaleza. Clube tem como meta não estar na Série C 

Nenhum comentário:

Postar um comentário