De acordo com o secretário-adjunto da Segurança Pública e Defesa Social, Lauro Prado, o grupo não é o mesmo que trocou tiros com os policiais na última quinta-feira, mas a prisão pode ajudar a elucidar o assassinato dos policiais. Na cidade, as pessoas ocupavam as ruas e cobravam justiça.
Prado explicou que, naquela noite, os PMs receberam ocorrência sobre um Onix branco, que estaria com indivíduos praticando roubo. Uma equipe da Força Tática de Apoio (FTA) foi até o local, mas se deparou com uma quadrilha em uma Hilux, com características de roubo a carro-forte.
Houve troca de tiros e os três policiais foram mortos. Um quarto policial, identificado como sargento Campos, saiu ferido e foi encaminhado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro. Os criminosos chegaram a roubar uma viatura da Polícia e levaram dois policiais como reféns, liberados em seguida.
Na tarde de ontem, as viaturas envolvidas na ocorrência estavam no pátio do quartel de Quixadá, todas destruídas com tiros de fuzil. Policiais do Batalhão de Choque, Batalhão de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) e do policiamento local e de áreas vizinhas continuam força-tarefa para prender os suspeitos.
Prado explica que as indagações acerca de o crime ter sido uma execução ou emboscada não procedem. Para ele, o que houve foi um acaso. A quadrilha, inicialmente, trocou tiros com uma viatura do FTA, que pediu apoio. No entanto, a viatura do apoio colidiu com o carro da quadrilha e a troca de tiros que vitimou os PMs começou.
Policial ferido
Uma das pessoas da equipe médica que atendeu o sargento Campos disse que ele passou por cirurgia para “limpeza do local do ferimento”. O sobrevivente levou um tiro de fuzil na perna e outro no braço. “Ele contou para mim e para os outros que eles iam para a ocorrência quando a quadrilha avistou eles e bateram na viatura. Ele disse que começaram a atirar e ele caiu no chão da viatura e se fingiu de morto. A arma que ele utilizava para atirar caiu ao lado e ele escutou quando os bandidos diziam ‘pega aí a arma desses vagabundos’, se referindo aos policiais”, relatou.
O militar não conseguia dormir e disse que era como se as lembranças estivessem passando como um filme na cabeça. Comentou que criminosos atiravam muito no rosto e que ficou sem poder fazer nada. Os suspeitos tinham um sotaque pernambucano.
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