Usar os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para empréstimo consignado não é a melhor opção para o trabalhador, na avaliação de especialistas. A proposta foi anunciada na semana passada pelo Governo como uma das medidas para estimular a economia e precisa ser aprovada pelo Congresso para entrar em vigor. Porém, economistas alertam que além de não atender ao objetivo proposto, a liberação do FGTS para este fim pode comprometer a renda futura das famílias.
Dentro do pacote proposto pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, na reunião de reabertura do Conselhão, está a expansão do crédito em R$ 83 bilhões. Destes, R$ 17 bilhões viriam pela liberação da multa de 40% sobre o FGTS mais 10% do saldo do fundo como garantia para empréstimos consignados.
“Usar o FGTS como garantia de empréstimo é muito complicado porque significa que se você não conseguir pagar este empréstimo, o banco vai poder usar o recurso do FGTS para quitar a dívida. E que depois, mais lá na frente, este recurso não vai estar mais disponível caso surja uma necessidade maior como uma doença grave ou perda de emprego”, afirmou o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador da área de finanças pessoais, Érico Veras Marques.
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