Um pouco de século XIX nos dias de hoje. E a falta de dignidade humana levada ao nível extremo. Em relatório divulgado ontem pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE), o Ceará, em 2015, ficou em 4º lugar no País no ranking de trabalhadores resgatados de funções análogas à escravidão. Ano passado, foram 70 pessoas tiradas das mais degradantes formas de trabalho, deixando o Estado atrás apenas de Minas Gerais (148), Maranhão (107) e Rio de Janeiro (73).
Os números registrados no Ceará são maiores que os de São Paulo, cuja população chega a ser cinco vezes superior. Lá, foram contabilizados 66 casos, que conferiram ao estado a quinta
posição no ranking.
posição no ranking.
Se os valores assustam, eles poderiam ser ainda maiores. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), o efetivo de profissionais responsáveis pela fiscalização da prática de trabalho análogo à escravidão no Ceará é metade do mínimo ideal. Atualmente, são 102 auditores atuando em todo o Estado, quando este número deveria ser de 200.
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