96,2% das crianças de 5 a 6 anos estão na escola
27.04.2015
No Brasil, 81% dos alunos com 12 anos estavam cursando o sétimo ou sexto ano em 2012. Apesar dos avanços, especialistas reforçam que é preciso melhorar a qualidade do ensino
A universalização da educação primária é a meta de número dois dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. No Brasil, o propósito foi atingido e houve melhoria significativa do fluxo, isto é, aumentou a quantidade de crianças que estão no ensino fundamental na série e idade certas. Em 2012, 81% dos alunos com 12 anos estavam cursando o sétimo ou sexto ano.
A percentagem de jovens de 15 a 24 anos com pelo menos seis anos de estudo completos passou de 59,9%, em 1990, para 84%, em 2012. O relatório nacional de acompanhamento das metas considera que embora, em 2012, 23,2% dos jovens de 15 a 24 anos não tivessem completado o ensino fundamental, a evolução é grande, pois essa era a situação de 66,4%, em 1990. Além disso, em 2012, afirma que praticamente todos estavam alfabetizados.
O primeiro indicador desta meta é a taxa de escolarização líquida da população de 7 a 14 anos no ensino fundamental, que cresceu de 81,2% para 97,7%, de 1990 a 2012. "O nível é tão elevado que, para todos os efeitos práticos, considera-se universalizado o acesso ao ensino fundamental no País", assegura o grupo técnico de acompanhamento das metas. Um elemento que contribuiu para o aumento do acesso e da permanência nos ensinos fundamental e médio, acrescenta o relatório, foi o programa Bolsa Família, do governo federal, e sua condicionalidade de frequência à escola.
No Ceará, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 96,29%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 86,02%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 56,89%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 37,39%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 52,39 pontos percentuais, 67,22 pontos percentuais, 46,38 pontos percentuais e 30,06 pontos percentuais.
O desafio, no entanto, é superar a defasagem idade-série. Em 2010, 83,55% da população de 6 a 17 anos do Estado estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem. Em 2000 eram 68,60% e, em 1991, 63,72%.Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 9,68% estavam cursando o ensino superior, em 2010. Em 2000, eram 4,56% e, em 1991, 2,49%.
Qualidade
Isabel Ciasca, diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC) afirma que o Estado atingiu a universalidade do ensino. No entanto, ressalta que é preciso trabalhar a qualidade do ensino. "O aprendizado ainda não atingiu o nível desejado para que as crianças saiam com o seu potencial de desenvolvimento garantido", enfatiza. Para isso, acrescenta, é necessário trabalhar na formação dos professores e para que haja um maior envolvimento da sociedade com a escola.
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