sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

SAÚDE

Presença de pombos exige cuidados

30.01.2015

Em número cada vez maior nas ruas e praças, aves podem transmitir doenças fatais, como a criptococose

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O principal perigo é a transmissão de criptococose, que pode acometer vários órgãos. O sintoma mais grave é a meningite
FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
Seja voando nos céus, pousados nos troncos das árvores, ou procurando partículas de alimento pelo chão, não é difícil encontrá-los. A população de pombos é cada vez mais perceptível no cenário urbano, principalmente em locais de grande concentração de pessoas, como as ruas, praças e pátios de igrejas. Embora haja quem procura cuidar dos animais, alimentando-os, outras pessoas sentem-se incomodadas com a presença maciça dessas aves.
A Catedral Metropolitana, o Parque da Criança, a Praça Coração de Jesus, a Praça José de Alencar e a Avenida Beira-Mar são alguns do locais em Fortaleza que apresentam concentrações dos pássaros. Na Praça dos Voluntários, no Centro, por exemplo, basta jogar um punhado de quirela para que uma revoada de, aproximadamente, cinco dezenas de pombos ajuntem-se na busca pelos grãos.
"Eles ficam aqui direto e é um risco para a gente, pois as fezes deles muitas vezes caem nas pessoas. Os pombos não saem daqui, pois tem quem dê comida a eles", relata a empregada doméstica Maria Socorro da Silva, que trabalha próximo à praça.
Os frequentadores do local notam ainda o crescimento da população de aves. "A gente percebe que com o tempo, aparecem mais pombos. Também nunca vi nenhum órgão responsável tentar controlar. Acho que é perigoso para a nossa saúde", comenta o despachante Paulo Roberto.
Fungo
De acordo com o médico infectologista e professor de Medicina, Anastácio Queiroz, o principal perigo, no que diz respeito aos pombos, é a transmissão de criptococose, doença causada por um fungo que pode ser encontrado nas fezes da ave. "A quantidade de pombos tem aumentado muito, então, eventualmente, podem causar doenças. Entretanto, mesmo com muitas aves, ainda há poucos casos de infecção. Isso porque a transmissão da doença se dá, principalmente, através das fezes secas. Se a pessoa respira, por exemplo, alguma poeira, que contenha fezes de pombo, ela pode contrair a doença", explica.

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