sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CINTURÃO DAS ÁGUAS

Demissão paralisa obra no Cariri

30.01.2015

Os canteiros de obra dos municípios de Missão Velha, Brejo Santo, Barbalha e Crato estão totalmente parados

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O material que seria usado nas obras está encostado, perto da estrada
FOTOS: ROBERTO CRISPIM
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Os quatro mil trabalhadores que foram demitidos no último dia 12 de janeiro não receberam ainda seus salários atrasados nem seus direitos trabalhistas
Crato A demissão de trabalhadores que atuam na construção do Cinturão das Águas colocou em cheque a capacidade de dar uma resposta para a demanda hídrica, dentre as ações estratégicas do Governo do Estado para o enfrentamento da seca por mais um ano. A avaliação é do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem (Sintepav), no Ceará, ao comentar o desligamento de cerca de quatro mil trabalhadores, nos trechos dos Lotes de 1 a 5 na região.
Os canteiros de obra dos municípios de Missão Velha, Brejo Santo, Barbalha e Crato estão totalmente parados. Enquanto isso, a Casa Civil distribuiu ontem uma nota afirmando, não apenas que as obras não terão o cronograma comprometido, como há um trabalho continuado nas áreas que foram supostamente afetadas. O representante da sub sede do Sintepav em Juazeiro do Norte, Evandro Pinheiro, conta que a situação é dramática na obra, pois os quatro mil trabalhadores que foram demitidos no último dia 12 de janeiro não receberam salários atrasados e nem as empresas estão acertando os direitos trabalhistas.  
Adesão  
Evandro Pinheiro diz que a demissão no lote de Missão Velha foi de 100% e a empresa responsável, que é de São Paulo, não está cumprindo com as obrigações trabalhistas. “Muitos estão sem saber o que fazer. Eles têm casas alugadas, despesas e não sabem como vai ficar a situação”, lamenta Evandro, acrescentando que o Sintepav está entrando com uma ação na Justiça do Trabalho para garantir os direitos trabalhistas dos empregados demitidos.
Segundo o sindicalista, a situação já vinha de forma irregular desde o mês de novembro de 2014 por conta dos atrasos nos salários, inclusive com algumas paralisações parciais em alguns trechos. Com a demissão em massa, a obra parou.
 
Cerca de 2,5 mil trabalhadores prestavam serviço por subcontratação e foram dispensados sem aviso prévio. Outros que são contratados diretamente pela empresa ganhadora da licitação também foram demitidos, mas já cumpriam o aviso desde dezembro.
 

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