Após delação premiada
Ex-diretor da Petrobras deixa a Polícia Federal para cumprir prisão domiciliar
Folhapress | 16h51 | 01.10.2014
Costa ficará em prisão domiciliar e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e protegido por agentes da PF
Paulo Roberto Costa delatou o esquema em troca de sair
do regime fechado; Nesta quarta (1°) ele foi levado pra casa onde cumprirá
prisão domiciliar
FOTO: JOSÉ MARIA MELO
O ex-diretor seguiu direto para o aeroporto Afonso Pena, onde embarcaria num avião da PF rumo ao Rio de Janeiro. Costa ficará em prisão domiciliar e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e protegido por agentes da PF.
Alvo da Operação Lava Jato e preso desde 11 de junho em Curitiba, Costa fez um acordo de delação premiada com a Justiça no final de agosto, após saber que a PF poderia prender suas filhas.
Ele prometeu revelar o que sabe sobre o esquema de desvio de dinheiro público em obras da Petrobras, investigado pela PF, em troca de uma pena mais branda.
Pelo acordo, Costa também se comprometeu a devolver R$ 70 milhões aos cofres públicos, entre dinheiro e bens, por causa de sua participação em crimes cometidos na estatal.
Operação investigou lavagem de dinheiro
Deflagrada em 17 de março pela PF, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, com ramificações na Petrobras. Os suspeitos, segundo a operação, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas, com a participação de doleiros.
Na delação premiada, Costa citou, segundo a revista "Veja", nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais os dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam que tenham recebido recursos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário