quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Após delação premiada

Ex-diretor da Petrobras deixa a Polícia Federal para cumprir prisão domiciliar

Folhapress | 16h51 | 01.10.2014

Costa ficará em prisão domiciliar e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e protegido por agentes da PF

 

paulo roberto costa
Paulo Roberto Costa delatou o esquema em troca de sair do regime fechado; Nesta quarta (1°) ele foi levado pra casa onde cumprirá prisão domiciliar
FOTO: JOSÉ MARIA MELO
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba no início da tarde desta quarta-feira (1º). Costa deixou o local por volta das 13h10, em uma Pajero sem placas, escoltada por dois carros da corporação e um terceiro veículo descaracterizado como os demais. Ele não falou com a imprensa.

O ex-diretor seguiu direto para o aeroporto Afonso Pena, onde embarcaria num avião da PF rumo ao Rio de Janeiro. Costa ficará em prisão domiciliar e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e protegido por agentes da PF.

Alvo da Operação Lava Jato e preso desde 11 de junho em Curitiba, Costa fez um acordo de delação premiada com a Justiça no final de agosto, após saber que a PF poderia prender suas filhas.
Ele prometeu revelar o que sabe sobre o esquema de desvio de dinheiro público em obras da Petrobras, investigado pela PF, em troca de uma pena mais branda.

Pelo acordo, Costa também se comprometeu a devolver R$ 70 milhões aos cofres públicos, entre dinheiro e bens, por causa de sua participação em crimes cometidos na estatal.

Operação investigou lavagem de dinheiro

Deflagrada em 17 de março pela PF, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, com ramificações na Petrobras. Os suspeitos, segundo a operação, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas, com a participação de doleiros.

Na delação premiada, Costa citou, segundo a revista "Veja", nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais os dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam que tenham recebido recursos.

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