MEDULA ÓSSEA
Doadores devem atualizar cadastro
19.05.2014
O Ceará possui 124 mil doadores de medula óssea cadastrados. A Campanha procura ampliar esse número
Com o objetivo de aumentar o número de pessoas cadastradas para doar medula óssea, o Movimento Luíza, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), realizou na tarde de ontem, na praça do Santuário de Fátima, uma ação de incentivo à doação do tecido.
No Ceará, aproximadamente 124 mil pessoas são cadastradas como possíveis doadoras de medula óssea. O número entretanto, é insuficiente, tendo em vista a dificuldade para encontrar alguém compatível com os pacientes que precisam do transplante.
"No Brasil são mais de dois milhões de cadastrados, mas precisamos aumentar este número, pois a probabilidade é de que, a cada cem mil pessoas, uma seja compatível com o paciente. São muitas pessoas na fila de espera e quem faz o cadastro uma vez, não precisa fazer de novo", esclarece Adalise Maia, assistente social do Hemoce.
Atualização
De acordo com Adalise Maia, é importante ainda que os doadores já cadastrados mantenham os seus dados atualizados junto ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). "É importante que, caso alguém precise, a pessoa seja facilmente localizada. Às vezes as pessoas mudam de endereço ou telefone, e isso pode custar uma vida". A atualização é de responsabilidade do próprio doador e pode ser realizada através do site inca.Gov.Br/doador, ou pelo telefone (85) 3101.2288, do Núcleo de Medula do Hemoce.
O evento na praça do Santuário de Fátima contou ainda com posto de doação de sangue, emissão de documentos, brincadeiras com as crianças, além de uma chuva de pétalas jogadas de um helicóptero. O evento contou ainda com a participação de algumas crianças do Lar Amigos de Jesus, que estão em tratamento contra o câncer.
"É o terceiro ano que a gente realiza essa ação, e estamos aqui para salvar vidas. Ainda há muita desinformação entre as pessoas, mas nós queremos conscientizar de que não há perigo em realizar a doação de medula óssea. O intuito é mobilizar a sociedade para essa causa", conta Mágila Rocha, uma das organizadoras do evento.
O Movimento Luíza surgiu por intermédio de familiares e amigos da pequena Luíza Ramos. Em 2012, aos seis meses de vida, a criança foi diagnosticada com mielóide aguda, tipo de leucemia raro em crianças. Por não encontrar um doador compatível, a menina acabou falecendo, mas deixou como legado a campanha que hoje leva o seu nome. "Criamos esse movimento por conta da dificuldade em encontrar um doador. Me sinto muito feliz e honrada que o nome da minha filha esteja à frente desta ação", conta Manuela Ramos, mãe de Luíza
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