ENERGIA
Aumento produziu inflação
23.05.2014
O aumento da tarifa de energia autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel) para as distribuidoras de energia no Brasil gerou um impacto na elevação da inflação no Brasil no primeiro mês logo após o reajuste. A informação foi repassada pelo deputado Lula Morais (PCdoB), que informou na tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, que no mês de maio, o aumento da inflação na tarifa de algumas capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) foi da ordem de 3,76%. O deputado João Jaime (DEM) disse que a culpa era do Governo da presidente Dilma, apoiada pelo deputado Lula Morais.
O percentual de 3,76%, conforme informou o parlamentar, também elevou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em até 0,10 pontos percentuais, o mais elevado, ficando em 0,58%. Segundo disse, a elevação da tarifa média de energia no Brasil nas capitais pesquisadas pelo IBGE registrou 3,76% de aumento sobre a tarifa, o que gerou um impacto no índice do IPCA que foi de 0,58%. "Se não tivesse havido esse reajuste em um patamar superior à inflação, o índice do IPCA seria 0,48%", disse o parlamentar.
Porcentagem
Em Fortaleza, conforme informou, o impacto foi de 10,26% por conta do reajuste da Capital cearense ter sido maior, girando em torno de quase 17% na tarifa de energia do Estado. De acordo com o parlamentar, o aumento é "uma perversidade" para o consumidor. Outro aspecto tratado por ele, diz respeito às empresas, pois, conforme defendeu, quando a presidente Dilma Rousseff apresentou a Medida Provisória (MP) 79 para redução da tarifa de energia no País, alguns estados, como São Paulo, Paraná e Minas gerais, foram contrários à redução proposta.
Isso, segundo disse, também gerou o acréscimo na porcentagem da tarifa de energia no Brasil. Ele lembrou que o diretor de Infraestrutura da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Carlos Cavalcanti, relatou, recentemente, que as empresas desses estados alocaram mais de 2,5 mil megawatts médio no mercado de curto prazo, agravando o déficit de energia e garantindo prejuízo para todo o País.
Ele teria informado que o aumento da tarifa foi potencializado pela decisão da Cesp, Cemig e Copel de não participarem da redução do preço da cobrança da energia no Brasil. Cavancalti disse ainda que as empresas se aproveitaram do aumento do preço da energia e alocaram mais de 2,5 mil megawatts médios no mercado de curto prazo, agravando o déficit de energia das distribuidoras. "Elas se aproveitaram para vender essa energia e obter lucros para suas distribuidoras de energia, onerando ainda mais o problema do custo de energia no Brasil", reclamou Morais.
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