NESTE ANO
Ceará registra 30 casos de hanseníase por mês
28.05.2013
Considerados altos, os números representam um alerta e desafiam o poder público a tentar intensificar o combate
Problemas de pele causados pelo excesso de exposição ao sol ou até mesmo pela falta de cuidado e orientação são cada vez mais frequentes. Os números representam um alerta e desafiam o poder público a intensificar ações de combate a micoses superficiais, dermatozoonoses, piodermites, tumores cutâneos e, em especial, à hanseníase.
A Secretaria da Saúde do Estado está capacitando profissionais da área para atualização em tratamento de doenças da pele. A ideia é buscar o diagnóstico precoce dessa e de outras enfermidades FOTO: JL ROSA
Em Fortaleza, neste ano, 91 pessoas foram vítimas da doença causada por um parasita que ataca pele e nervos periféricos, e que ainda pode afetar outros órgãos, tais como olhos, fígado e testículos, podendo ser transmitida de pessoa para pessoa.
No Estado, também em 2013, as ocorrências já ultrapassam 120, uma média de 30 novos casos por mês. Crato e Caucaia lideram os números, com 15 e 14 casos, respectivamente. Os dados, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), são considerados altos por especialistas.
Entre 2001 e 2012, conforme o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e a Sesa, foram quase 30 mil casos da doença no Estado. No Ceará, em 2012, os números chegaram a 2.130, 612 deles em Fortaleza. A doença atingiu 157 municípios. Embora o Ceará venha apresentando queda no coeficiente de detecção geral de hanseníase por 100 mil habitantes, que oscilou entre 37,6 e 24,8 em 2012 e nos últimos anos, o Estado permanece com o parâmetro muito alto da hanseníase.
Para garantir e juntar forças visando à minimização e o diagnóstico precoce dessa e de outras doença de pele, aconteceu, na última sexta-feira, o II Fórum de Dermatologia Sanitária, de iniciativa do governo do Estado, por meio a Sesa, que reuniu 150 profissionais da saúde para atualização em diagnóstico e tratamento de doenças da pele.
Conforme explica o dermatologista e coordenador do Fórum, Heitor Gonçalves, os três principais problemas de pele que atingem os fortalezenses são a hanseníase, as micoses e as reações alérgicas. "O grande desafio é resolver esses problemas. Para que saiam do diagnóstico superficial, estamos capacitando médicos e enfermeiros com a intenção de garantir o diagnóstico precoce das doenças e, consequentemente, a sua cura ou controle", pontuou. Ele alerta que há dois grandes grupos em relação às doenças de pele: as não infecciosas e as infecciosas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, a União assinou termo de compromisso mundial, comprometendo-se a eliminar a doença até 2010.
Para isso, o Ministério da Saúde garantiu recursos aos municípios prioritários para o controle da doença. No Ceará, foram contempladas as cidades do Crato, Fortaleza, Icó, Iguatu, Juazeiro do Norte e Sobral.
Adolescentes
Menores de 15 anos também são atingidos pela doença. Neste ano, na Capital, conforme a Sesa, já foram confirmados três casos. Conforme a articuladora do Programa Estadual de Controle à Hanseníase, Gerlânia Martins o coeficiente de detecção em pessoas nessa faixa etária se manteve alto em 2012, com 122 novos casos. Em 2011, foram 148 adolescentes.
De acordo com o documento apresentando por Gerlânia Martins, a proporção de casos novos em menores de 15 anos em 2012 foi de 5,7%. Portanto, a ocorrência da doença nessa idade demonstra a existência de foco de transmissão ativo necessitando de nas ações de controle.
LÍVIA LOPESREPÓRTER
Problemas de pele causados pelo excesso de exposição ao sol ou até mesmo pela falta de cuidado e orientação são cada vez mais frequentes. Os números representam um alerta e desafiam o poder público a intensificar ações de combate a micoses superficiais, dermatozoonoses, piodermites, tumores cutâneos e, em especial, à hanseníase.
A Secretaria da Saúde do Estado está capacitando profissionais da área para atualização em tratamento de doenças da pele. A ideia é buscar o diagnóstico precoce dessa e de outras enfermidades FOTO: JL ROSA
Em Fortaleza, neste ano, 91 pessoas foram vítimas da doença causada por um parasita que ataca pele e nervos periféricos, e que ainda pode afetar outros órgãos, tais como olhos, fígado e testículos, podendo ser transmitida de pessoa para pessoa.
No Estado, também em 2013, as ocorrências já ultrapassam 120, uma média de 30 novos casos por mês. Crato e Caucaia lideram os números, com 15 e 14 casos, respectivamente. Os dados, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), são considerados altos por especialistas.
Entre 2001 e 2012, conforme o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e a Sesa, foram quase 30 mil casos da doença no Estado. No Ceará, em 2012, os números chegaram a 2.130, 612 deles em Fortaleza. A doença atingiu 157 municípios. Embora o Ceará venha apresentando queda no coeficiente de detecção geral de hanseníase por 100 mil habitantes, que oscilou entre 37,6 e 24,8 em 2012 e nos últimos anos, o Estado permanece com o parâmetro muito alto da hanseníase.
Para garantir e juntar forças visando à minimização e o diagnóstico precoce dessa e de outras doença de pele, aconteceu, na última sexta-feira, o II Fórum de Dermatologia Sanitária, de iniciativa do governo do Estado, por meio a Sesa, que reuniu 150 profissionais da saúde para atualização em diagnóstico e tratamento de doenças da pele.
Conforme explica o dermatologista e coordenador do Fórum, Heitor Gonçalves, os três principais problemas de pele que atingem os fortalezenses são a hanseníase, as micoses e as reações alérgicas. "O grande desafio é resolver esses problemas. Para que saiam do diagnóstico superficial, estamos capacitando médicos e enfermeiros com a intenção de garantir o diagnóstico precoce das doenças e, consequentemente, a sua cura ou controle", pontuou. Ele alerta que há dois grandes grupos em relação às doenças de pele: as não infecciosas e as infecciosas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, a União assinou termo de compromisso mundial, comprometendo-se a eliminar a doença até 2010.
Para isso, o Ministério da Saúde garantiu recursos aos municípios prioritários para o controle da doença. No Ceará, foram contempladas as cidades do Crato, Fortaleza, Icó, Iguatu, Juazeiro do Norte e Sobral.
Adolescentes
Menores de 15 anos também são atingidos pela doença. Neste ano, na Capital, conforme a Sesa, já foram confirmados três casos. Conforme a articuladora do Programa Estadual de Controle à Hanseníase, Gerlânia Martins o coeficiente de detecção em pessoas nessa faixa etária se manteve alto em 2012, com 122 novos casos. Em 2011, foram 148 adolescentes.
De acordo com o documento apresentando por Gerlânia Martins, a proporção de casos novos em menores de 15 anos em 2012 foi de 5,7%. Portanto, a ocorrência da doença nessa idade demonstra a existência de foco de transmissão ativo necessitando de nas ações de controle.
LÍVIA LOPESREPÓRTER
Nenhum comentário:
Postar um comentário