Líder do grupo político ao qual pertence o prefeito de Fortaleza, Roberto Claúdio (PDT), Ciro Gomes afirmou que as chances de PDT e PT celebrarem união visando a disputa pelo Paço Municipal estão cada vez menores.
As críticas que ele tem feito aos petistas em nível nacional foram expostas para justificar o cenário local. "Eleitoralmente, a probabilidade (de aliança) é cada vez menor, porque não parece que o PT quis aprender nenhuma das lições graves que a vida brasileira está dando", avalia Ciro.
Na última quarta-feira, 15, os petistas cearenses e deputados federais José Guimarães e José Airton se posicionaram contra Ciro, que apontou Lula como "defunto eleitoral". Airton, por exemplo, disse ser "recalque" a explicação para as ofensivas do ex-ministro contra o PT.
Ciro, por sua vez, cita nova derrota judicial de José Dirceu (PT), que será preso novamente após decisão do Tribunaç Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e diz que a cúpula da sigla, atualmente, tem de lidar com investigações.
"Todos os tesoureiros do PT foram para a cadeia, toda a atual executiva responde por processos de corrupção e eles continuam navegando numa maionese ai, tentando se apropriar das agendas populares com o temário deles. Não falo isso com nenhum prazer: dói".
Ainda sobre o próximo ano, disse que o grupo político dele não tem "absolutamente" nenhuma pressa para a escolha do postulante. Ele minimizou o fato de Capitão Wagner (Pros) e Carlos Matos (PSDB) já terem sido lançados à corrida eleitoral.
Ciro entende que ao divulgar as candidaturas, a oposição faz "política pela política". "A gente até entende, mas nós temos a responsabilidade de resolver os problemas e ajudar o povo de Fortaleza a atravessar esse momento difícil do Brasil".
Abordada pelo O POVO em abril sobre a questão, Luizianne Lins (PT), acostumada a "bater" em Ciro e Cid, mudou o tom, não descartando possibilidade de união. "Você está querendo que eu entre numa discussão que ainda vai ser feita. Vai criar mais problemas do que soluções".
No Ginásio da Parangaba ontem para discutir reforma da Previdência, Ciro disse não saber terá o privilégio de conquistar o eleitorado petista. "Mas estou dedicado a ajudar o povo a achar uma saída", encerrou.
(Carlos Holanda/O POVO)
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