sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

EDUCAÇÃO Com mais 22 escolas, Estado passa a ter 34,6% da rede em tempo integral

Mais 22 escolas no Estado passaram a ser de tempo integral. Com isso, há agora 252 instituições de ensino com esse caráter, 34,6% do total da rede estadual. O acréscimo beneficiará 3.925 alunos de Itaitinga, Aquiraz, Trairi, Granja, Ipu, Sobral, Iracema, Quixeramobim, Crateús (2), Senador Pompeu, Caririaçu, Forquilha, Ocara e Farias Brito, além de Fortaleza (7).
O investimento total para ampliação da jornada em 19 Escolas de Ensino Médio de Tempo Integral (EEMTIs) e três Escolas Estaduais de Ensino Profissional (EEEPs) é de R$ 354,8 milhões. A rede estadual possui 727 instituições.
Conforme o governador Camilo Santana (PT), a meta é tornar o Ceará o primeiro do Brasil em número de escolas de tempo integral. Atualmente, o Estado é o segundo, perdendo apenas para Pernambuco, que tem 50% da rede estadual nesse formato de funcionamento. "Acreditamos que esse é o grande caminho para garantir uma qualidade ainda maior da educação pública no estado do Ceará".
Um dos critérios utilizados pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc) para escolher que as escolas teriam as jornadas curriculares ampliadas foi a estrutura física dos prédios, que precisa comportar a quantidade de alunos em dois turnos.
Vanessa Gripp, diretora da escola Johnson, uma das que se tornou EEMTI, se disse feliz pela ampliação da jornada para os alunos. A estrutura do colégio, no bairro Luciano Cavalcante, já era grande, com auditórios e laboratórios de informática e de ciência, mas não era completamente utilizada. "É muito interessante a proposta. Acredito que a gente vai melhorar a vida desses meninos, dar mais oportunidades e mais condições de entrar no mercado de trabalho e na universidade".
 Aluno do 1º ano da escola, Leonardo Brito, 15, tem expectativas boas para a mudança. "Vou passar mais tempo na escola com meus amigos e aprender mais", afirma. Ele quer participar de disciplinas eletivas de Inglês, Informática e Robótica, acreditando que os conhecimentos podem ajudar na graduação em Engenharia Civil, sua meta.
Webster Guerreiro é diretor da EEEP Pedro Queiroz Lima, em Beberibe, que existe há oito anos. A escola tem obtido resultados positivos quanto ao ingresso de alunos no ensino superior. No último Sistema de Seleção Unificada (Sisu), 75 alunos foram aprovados em universidades públicas. Para ele, um dos motivos do sucesso é o ensino em tempo integral. "Ao colocar o estudante com uma quantidade maior de tempo estudando faz com que se aproprie melhor do conhecimento", diz. "Nós escolhemos fazer um trabalho que possibilite aos jovens escolher qual o futuro que ele quer", se orgulha.
A estudante Vitória Menezes, 17, teve a oportunidade de desenvolver na EEEP Jaime Alencar de Oliveira, em Messejana, um interesse já antigo de aprender Informática. "É incrível, é uma nova experiência, você ganha maturidade. A escola profissionalizante coloca você no mundo do trabalho e isso é muito importante para a vida".


 

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