O mês de setembro dá a largada para a época do ano mais aguardada pelo comércio: o chamado B-R-O Bró, período que segue até dezembro, considerado o melhor em termos de vendas. Para além das datas comemorativas, eventos como o Fortaleza Liquida, Black Friday e Natal de Prêmios, ajudam a impulsionar o consumo na Capital cearense.
A expectativa do presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza é que as vendas cresçam 5% neste semestre, ante igual período do ano passado.
Apesar de o comércio cearense começar a dar sinais de melhora, registrando alta de 3,5% no em vendas e de 3,8% nas receitas nominais no acumulado do ano até junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor ainda inspira cuidados. "Este ano continua muito difícil. Tivemos greve dos caminhoneiros em maio, Copa do Mundo em junho, e ainda estamos em clima de incerteza política e econômica. Eventos como o Fortaleza Liquida, por exemplo, movimentam nossa a economia".
A estratégia é oferecer ainda mais benefícios ao consumidor para ganhar na escala. Seja através das promoções e sorteios, como é o caso do Fortaleza Liquida, que segue até 9 de setembro, com descontos de até 70% em mais de 4.500 pontos de venda, ou sorteios de prêmios e programações culturais, como no Natal de Prêmios, que ocorre em dezembro. Em 2017, só a Black Friday, que neste ano será em 29 de novembro, movimentou em torno de R$ 43 milhões em Fortaleza, segundo o portal BlackFriday.com.br, idealizador da ação no Brasil.
O economista e vice presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças do Ceará (Ibef), Luís Eduardo Barros, explica que os eventos são também oportunidades importantes para liquidar os estoques e preparar o caixa das lojas para o Natal. Diz que o desempenho do segundo semestre costuma ser melhor do que o do primeiro, porque é quando circular mais renda na economia. Seja em razão de não ter mais a pressão de despesas como matrículas escolares e impostos como IPVA e IPTU, e pela injeção do 13º salário.
No caso do funcionalismo público, apenas a segunda parcela, já que tanto a União, como o Governo do Ceará e Prefeitura de Fortaleza anteciparam a primeira no fim do último semestre. Ainda assim são volumes expressivos.
A presidente da Associação dos Lojistas da Monsenhor Tabosa (Almont), Márcia Sérgia, afirma que o mercado está otimista. "O segundo semestre sempre é em torno de 20% a 30% melhor que o primeiro".
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