Depois de oito meses consecutivos de alta, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) da Região Metropolitana de Fortaleza, considerada a prévia da inflação, teve leve recuo de 0,25% em agosto. O resultado é 0,58 ponto percentual abaixo da taxa registrada em julho e o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica, em 2012. Os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que esta é a segunda menor taxa do País.
Perde apenas para a de Curitiba, que registrou queda de 0,26%. Dentre as onze regiões metropolitanas pesquisadas, a maior taxa está em São Paulo, com alta de 0,44%. O Brasil registrou uma média de 0,13% em agosto.
Dentre os itens que mais contribuíram para este cenário está a queda nos preços do grupo de alimentos, que teve recuo de 0,32%. Destaque para: tubérculos, raízes e legumes que ficaram 28,4% mais baratos; frutas (-9,77%); e pescado (-1,28%). Por outro lado, ficaram mais caras as hortaliças e verduras (4,42%); leite e derivados (2,26%) e carnes e peixes industrializados (1,4%).
O combustível, que neste ano foi o vilão da inflação, registrou queda de 4,08% em agosto, fazendo com que o grupo de transportes também tivesse variação negativa de 1,45%. Também apresentaram recuo os grupos de vestuário (-0,48%), despesas pessoais (-0,26%); comunicação (-0,15%) e habitação (-0,1%).
Na outra ponta, seguem pressionando o IPCA 15 itens de saúde e cuidados pessoais (1,08%), educação (0,63%) e artigos de residência (0,55%).
Na avaliação do economista do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), Gilberto Barbosa, a inflação mais baixa não somente localmente, como nacionalmente, reflete o ritmo da economia. "Ainda está muito fraca em meio a crise, que é a mais longa da história. A tendência é permanecer neste patamar nos próximos meses a não ser que ocorra mais choques externos, como o dólar muito alto, que se permanecer assim deve influenciar os preços".
Apesar de deflação em agosto, o acumulado do ano na RMF, no entanto, ainda é de alta de 2,39%. No comparativo dos últimos doze meses a variação do IPCA -15 é de 2,90%. No Brasil, a variação acumulada do ano é de 3,14% e em relação a agosto de 2017 o índice é de 4,30%.
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