O dólar ultrapassou a barreira dos R$ 4,10, encerrando o pregão de ontem com alta de 1,65%, cotado a R$ 4,1230 na venda. A cotação da moeda norte-americana atingiu o maior patamar desde 21 de janeiro de 2016, quando bateu R$ 4,1655. O aumento de ontem representa o sétimo pregão consecutivo de valorização da moeda, que no período acumulou uma alta de 6,44%.
Apesar de volatilidade da moeda, o Banco Central segue sem leilões extraordinários de venda futura do dólar, os chamados swaps cambiais, que serve para aumentar a liquidez da moeda e diminuir sua valorização.
Na bolsa de valores de São Paulo, o índice B3 terminou em baixa de 1,65%, com 75.633 pontos. O resultado negativo inverteu a tendência no fechamento de quarta-feira, quando o Ibovespa fechou em alta de 2,29%.
O pregão encerrou com os papéis de grandes empresas, as chamadas ações blue chip, em queda, como Petrobras caindo 2,18% e Itaú, 3,89%.
Para o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, a alta recente do dólar se deve à "volatilidade de curtíssimo" prazo e não deverá afetar decisões de longo prazo sobre investimentos. Por isso, o executivo não crê que o aumento da moeda afetará as perspectivas de liberações de crédito do banco.
Segundo Oliveira, os desembolsos para empréstimos já aprovados somaram cerca de R$ 33 bilhões de janeiro a julho, sendo que as consultas por pedidos de crédito e os enquadramentos de pedidos para análise subiram 4% e 18%, respectivamente.
Com isso, o BNDES mantém a expectativa de liberar de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões neste ano. Ano passado, os desembolsos somaram R$ 70,751 bilhões.
Ainda sobre o dólar, Oliveira não crê que a alta recente na cotação da moeda americana vá aumentar a demanda de investidores em infraestrutura por mecanismos de proteção contra o risco cambial. Segundo o presidente do BNDES, as medidas serão adotadas, mas, pelas condições atuais, é mais vantajoso para os investidores captarem no mercado local do que no Exterior.
Das Agências
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