O papa Francisco adotou uma medida histórica ao modificar o catecismo da Igreja Católica para declarar "inadmissível" a pena de morte e incluir um compromisso de lutar contra esse tipo de punição em todo mundo.
"A Igreja ensina, à luz do Evangelho, que a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, e se compromete com determinação com sua abolição em todo mundo", afirmou o pontífice em uma audiência ontem.
Assim, a Igreja elimina a legitimação da pena de morte com a modificação do catecismo, livro que contém a explicação da doutrina da Igreja Católica e que, até 1992, não excluía a pena capital em casos extremos. O novo texto explica que "durante muito tempo o recurso à pena de morte por parte da autoridade legítima, depois do devido processo, foi considerado uma resposta apropriada à gravidade de alguns delitos e um meio admissível, embora extremo, para tutela do bem comum".
Ontem também foi divulgado que Francisco manifestou preocupação com a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso. A informação é do ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, que esteve com o papa. "O Santo Padre nos ouviu, fez perguntas e mostrou muito interesse", disse. Nas redes sociais, a equipe de Lula divulgou uma imagem em que reproduz mensagem escrita pelo pontífice no livro A verdade vencerá, que reúne entrevistas do ex-presidente a jornalistas e foi entregue pela comitiva de Amorim a Francisco. "A Luiz Inácio Lula da Silva, com a minha bênção, pedindo-lhe para orar para mim. Francisco.", diz o texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário