Os advogados da campanha petista entraram ontem com um recurso contra a decisão da juíza Bianca Arenhart, do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4), que negou o pedido para que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva participe do debate eleitoral hoje, na TV Bandeirantes. Este será o primeiro debate com presidenciáveis transmitido pela televisão, após o período de convenções partidárias. O programa terá início às 22 horas.
Com cinco blocos, o programa será mediado pelo jornalista Ricardo Boechat e contará com a presença dos presidenciáveis Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriotas), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (Psol) e Marina Silva (Rede).
No mandado de segurança, a defesa de Lula disse que a execução provisória da pena "não pode ter o condão de lhe cassar ou suspender os direitos políticos, ou mesmo sua liberdade de expressão e de comunicação". O petista foi aclamado candidato do partido na convenção nacional, no último dia 4 de agosto.
Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do triplex do Guarujá e está preso desde abril em Curitiba.
Na segunda-feira, 6, ao negar o pedido da defesa de Lula, a juíza Bianca alegou questões processuais e disse entender que o PT não tem legitimidade para fazer o pedido em nome do petista.
O recurso foi encaminhado ao presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores. No pedido, os advogados insistem que Lula participe do debate, nem que seja através de vídeos gravados previamente do local onde se encontra, a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), escolhido como vice provisório de Lula ele deve assumir a cabeça de chapa caso a Justiça confirme a inelegibilidade de Lula , afirmou na última terça-feira, 7, que o PT deve fazer um evento paralelo, na internet, para compensar a ausência de Lula no debate.
A ideia é fazer uma transmissão ao vivo no mesmo horário do debate da Bandeirantes. No programa, Haddad e Manuela d'Ávila (PCdoB) falariam sobre os temas abordados na TV.
Diante da impossibilidade de participar do debate, a sigla solicitou à emissora que o púlpito do ex-presidente fique vazio durante o debate para simbolizar sua ausência.
Com agências
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