O juiz federal Sergio Moro mandou intimar ontem o ex-deputado Cândido Vaccarezza (Avante-SP), após ele criar uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua pré-campanha a deputado federal.
Investigado e preso na Operação Lava Jato no ano passado, o ex-parlamentar deixou a prisão, mas não quitou a fiança de R$ 1,5 milhão imposta pelo magistrado.
Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo informou que Vaccarezza havia começado a recolher valores para a pré-campanha. O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara criou um grupo no WhatsApp, chamado de "Lista Vaquinha 1". No fim de semana, Vaccarezza mudou o nome do grupo para "Um Projeto para o Brasil". A reportagem não conseguiu contato com a defesa do ex-parlamentar.
Na decisão, Moro determina o prazo de três dias para ciência e manifestação da defesa e do Ministério Público Federal. No site indicado pelo ex-deputado no grupo, é possível contribuir com os valores de R$ 30, R$ 50, R$ 100, R$ 300, R$ 500, R$ 700, R$ 950 e R$ 1.064.
Vaccarezza foi preso em agosto na Operação Abate, 44ª fase da Lava Jato. Ele é investigado por receber supostas propinas de US$ 500 mil originadas de contratos para o fornecimento de asfalto à Petrobrás.
Após cinco dias, o ex-deputado foi solto por Moro, que considerou problemas de saúde alegados pelo ex-parlamentar e estipulou fiança de R$ 1,5 milhão. Até o momento, o processo da Lava Jato não registrou o pagamento do valor. (Agência Estado)
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