Quando a fase não é boa, bastam 14 minutos para que uma vitória heroica e que seria o alento de recuperação se transforme em uma derrota histórica. O revés por 2 a 1 para o Atlético-MG, na noite de ontem, no estádio Independência, sacramentou o que os torcedores alvinegros temiam: o Vovô terminou a primeira parte do Brasileirão sem sequer uma vitória.
A campanha é a pior na história do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. Desde 2006, nenhum time passou os 12 primeiros jogos sem triunfar ao menos uma vez. O Vovô acumula cinco empates e sete derrotas.
Com o resultado, o Vovô permanece com cinco pontos na tabela, na lanterna da competição — quatro pontos atrás do Atlético-PR, vice-lanterna —, e sete pontos de desvantagem em relação ao Vitória-BA, primeiro time fora da zona de rebaixamento.
O resultado foi ainda mais frustrante pela forma como a partida se desenrolou. O Galo teve muito mais volume, com amplo domínio da posse de bola (67% x 33%), muito mais passes trocados (603 x 252) e finalizações (19 x 7).
Apesar do domínio atleticano, o Vovô sentiu o gosto de reação com o gol de Naldo, aos 32 minutos do 2º tempo.
Naquele momento, bastava ocupar os espaços e manter a organização defensiva para segurar o resultado. Mas o Vovô sucumbiu ao forte poderio atleticano.
Róger Guedes, aos 35, e Luan, aos 46, decretaram a primeira derrota de Lisca neste retorno ao Vovô.
Em que pese o resultado negativo, o Ceará mostrou nova evolução. Apesar dos erros de passes em transições ofensivas, ainda lentas e que comprometem contra-ataques, foi um time mais aguerrido e que deu sinais de força de reação. Ainda é pouco, mas é um alento, que só poderá agora ter continuidade no dia 18 de julho, contra o Sport, no Castelão.
Antes de retomar a disputa do Brasileirão, o Ceará enfrenta o Bahia pelas semifinais da Copa do Nordeste, nos dias 21 e 26 de junho.
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