A Polícia Civil do Ceará registrou 6.162 pedidos de bloqueio de aparelhos celulares por furto ou roubo, de janeiro ao início de dezembro deste ano. A média equivale a mais de 17 aparelhos por dia.
O bloqueio impede que o celular seja habilitado em qualquer operadora no País ou no Exterior. Ou seja, o usuário fica impossibilitado de fazer ou receber ligações, bem como trocar mensagens de SMS. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as demais funções do aparelho permanecem normais como o armazenamento de arquivos, acesso a wi-fi e uso de aplicativos.
Quem tem celular roubado ou furtado pode solicitar o bloqueio diretamente à Polícia Civil, por meio do Departamento de Inteligência Policial. O aparelho é incluído no Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (Cemi). A solicitação nem precisa passar pela empresa de telefonia.
Em nota, a Polícia Civil explicou a importância de bloquear o celular.
“Quebra-se o elo entre o autor do crime e o receptador, uma vez que não é atrativo, nem oferece qualquer vantagem a aquisição de um aparelho de procedência duvidosa”. Além do prejuízo financeiro ao pagar por produto com limitações de uso, o comprador de celular roubado pode responder criminalmente pela aquisição.
Por estado
Em 2017, a Anatel registra mais de 9,1 milhões de aparelhos bloqueados por operadoras no Brasil por solicitação dos próprios usuários ou dos órgãos de segurança pública. De janeiro a novembro deste ano, a Agência aponta 4.772 aparelhos bloqueados no Ceará por intermédio da Polícia Civil, que utiliza o Cemi para o registro.
O número é diferente porque, além de os dados da Polícia estarem mais atualizados, eles se referem à quantidade de pedidos de bloqueio feitos. A Anatel, por sua vez, trata dos impedimentos efetivamente realizados. Divergências cadastrais e problemas com documentação podem fazer com que o bloqueio pedido não se concretize. Pelos dados da Anatel, a média é de mais de 14 bloqueios por dia.
Das 22 unidades da federação que aderiram ao cadastro, só 10 já estão com o sistema em funcionamento. O Ceará ocupa a sexta colocação em solicitações de bloqueio feitas por órgãos de segurança pública. Acre, Alagoas, Amapá, Maranhão e Pará ainda não aderiram ao sistema.
O Cemi é supervisionado pela Anatel, operado pela Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações e implementado pelas prestadoras de telefonia móvel.
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