sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ministério da Saúde lança campanha de multivacinação

O Ministério da Saúde lançou ontem a Campanha de Multivacinação, voltada para crianças e adolescentes de até 15 anos, para atualizar a carteira de imunização.
A iniciativa ocorre em um momento em que o País enfrenta a sua pior cobertura vacinal dos últimos 10 anos. Pelas contas da pasta, 53% do público esperado para ir aos postos já deveria estar com o calendário completo, mas não está.
“Quando se observa os números gerais, a cobertura nacional parece boa. Mas em alguns locais, algumas cidades, a cobertura está abaixo do que seria considerado ideal”, afirmou a coordenadora do Programa de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues. Ao longo do tempo, observou, esse fenômeno provoca um aumento significativo da população vulnerável, tornando mais forte o risco de epidemias.
Campanha
A campanha vai até o dia 22 de setembro. No sábado, 16, será feito em todo o País o Dia D, quando postos fixos e volantes estarão abertos para atualizar a carteira vacinal. Além do envio de 143,9 milhões de doses de vacina de rotina, o ministério encaminhou aos postos de saúde 14,8 milhões de doses extras. Ao todo, serão disponibilizadas 15 vacinas.

Carla atribuiu a baixa cobertura a uma associação de fatores. Para começar, o próprio fato de campanhas anteriores terem sido bem-sucedidas, com a consequente redução de doenças que podem ser evitadas com vacinas.
A redução de casos, completou, acabou provocando um efeito inverso do desejado, desmobilizando os pais a procurar manter a carteira em dia.
A coordenadora do programa observou, no entanto, que o risco não pode ser descartado, sobretudo quando se leva em consideração o cenário internacional.
Neste ano, por exemplo, foram registradas mortes por sarampo na Alemanha, em Portugal, na França, na Itália, na Bulgária e na Romênia. Além disso, 324 casos de difteria e oito de sarampo foram identificados na Venezuela.
O fato de o esquema de imunização ser longo, com 15 vacinas, também contribuiu para falhas na cobertura, avaliou Carla. “Daí a necessidade de o profissional de saúde ficar atento para a carteira em dia de crianças e adolescentes, ressaltando a importância da proteção.”

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