Na hora de conseguir crédito, a idade pesa. Uma pessoa com 65 anos, por exemplo, tem pouco mais de 15 anos para quitar seu financiamento, enquanto que o prazo máximo da Caixa Econômica Federal – principal banco de crédito imobiliário – é de 35 anos para pessoas de até 45 anos. Para financiar um carro o cliente deve ter no máximo 70 anos. Mesmo estando dentro do limite, conseguir a aprovação do crédito é mais difícil para consumidores com mais idade.
O diretor executivo de Estudos Financeiros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, explica que, na hora de conceder o crédito, as instituições financeiras levam em consideração a capacidade de pagamento e a maioria dos idosos depende dos benefícios achatados pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Lembra ainda que essa é uma fase da vida de muitos gastos. O presidente do Conselho Regional de Economia no Ceará (Corecon-CE), Lauro Chaves, afirma que o financiamento possui níveis diferentes de riscos de acordo com o perfil médio dos seus clientes. “Nesse contexto a faixa etária é um dos fatores demográficos com grande impacto”, comenta. A economista Larissa Kallel afirma que existem regras de financiamento para quem tem mais de 60 anos. “O prazo total do financiamento não pode ultrapassar os 80 anos de idade, assim, se a pessoa tiver 60 anos, terá um tempo de financiamento de 20 anos”, completa. Considerando as vantagens e desvantagens, diz que financiamentos com limitadores diminuem o risco de inadimplência, já que a expectativa de vida do brasileiro fica em torno de 74 anos. “E quanto mais velho o tomador do financiamento, maior a probabilidade de perder renda com gastos relacionados a saúde”, comenta.
Miguel Ribeiro avalia que idosos com renda mais alta têm mais facilidade. “Mas isso não quer dizer que o banco não vá continuar muito exigente”, ressalta.
Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que não há regras gerais ou limitações que relacionem a idade dos clientes a linhas de crédito. Os limites são determinados por cada banco. A entidade afirma, ainda, que não tem dados segmentados.
O advogado Luiz Domingos, 65 anos, conta que não encontrou dificuldade para adquirir recentemente um apartamento. Explica que deu entrada e financiou parte do valor com assessoria da construtora. “Me deram todas as orientações”, destaca, considerando que se a pessoa tiver respaldo financeiro não tem dificuldade por causa da idade.
Adriana Martins, coordenadora de Crédito Imobiliário da Mota Machado, construtora de quem Luiz comprou o imóvel, informa que, no geral, a empresa acompanha todo o processo e no caso de clientes acima de 60 anos tem um cuidado redobrado.
“Verificamos as taxas, fazemos simulações com bancos variados para ver o que oferece melhores condições”, diz, acrescentando que também estuda uma composição de renda para facilitar a aprovação no banco. Informa ainda que a equipe especializada para comparar as taxas e providencia o pagamento do ITBI e Registro do imóvel no cartório.
Para a especialista tudo depende do perfil do cliente, de quanto ele pagou durante a obra, da renda e do tempo. Explica que o seguro de vida, que é obrigatório, é mais caro, mas em compensação o cliente vai pagar menos juros porque o prazo de financiamento é menor. “O grande divisor é a questão da renda porque a prestação só pode comprometer 30% da renda”, conclui.
Miguel Ribeiro avalia que idosos com renda mais alta têm mais facilidade. “Mas isso não quer dizer que o banco não vá continuar muito exigente”, ressalta.
Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que não há regras gerais ou limitações que relacionem a idade dos clientes a linhas de crédito. Os limites são determinados por cada banco. A entidade afirma, ainda, que não tem dados segmentados.
O advogado Luiz Domingos, 65 anos, conta que não encontrou dificuldade para adquirir recentemente um apartamento. Explica que deu entrada e financiou parte do valor com assessoria da construtora. “Me deram todas as orientações”, destaca, considerando que se a pessoa tiver respaldo financeiro não tem dificuldade por causa da idade.
Adriana Martins, coordenadora de Crédito Imobiliário da Mota Machado, construtora de quem Luiz comprou o imóvel, informa que, no geral, a empresa acompanha todo o processo e no caso de clientes acima de 60 anos tem um cuidado redobrado.
“Verificamos as taxas, fazemos simulações com bancos variados para ver o que oferece melhores condições”, diz, acrescentando que também estuda uma composição de renda para facilitar a aprovação no banco. Informa ainda que a equipe especializada para comparar as taxas e providencia o pagamento do ITBI e Registro do imóvel no cartório.
Para a especialista tudo depende do perfil do cliente, de quanto ele pagou durante a obra, da renda e do tempo. Explica que o seguro de vida, que é obrigatório, é mais caro, mas em compensação o cliente vai pagar menos juros porque o prazo de financiamento é menor. “O grande divisor é a questão da renda porque a prestação só pode comprometer 30% da renda”, conclui.
ARTUMIRA DUTRA
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