Reunidas na quadra do colégio Tiradentes, na Avenida Duque de Caxias, as associações de profissionais da segurança - agentes penitenciários, cabos e soldados, oficiais e Corpo de Bombeiros - discutiram medidas para diminuir a violência contra agentes da Segurança Pública, que deixou 32 mortos neste ano.
A preocupação reflete o dado do aumento da violência contra policiais militares, sejam da reserva ou de folga. De acordo com o sargento Eliziano Queiroz, dos 31 mortos, 24 são policiais militares. Ele ressalta que independente do policial estar de serviço ou não, ele é policial 24 horas.
O aumento no número de policiais mortos em serviço é de 250% em relação ao ano passado. Em todo o ano de 2015, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou que dois policiais morreram em serviço. Neste ano, até agora, foram sete mortes confirmadas em serviço.
Na ocasião, os líderes das associações lamentaram o pequeno número de agentes presentes no local. Ele atribuiu as ausências à recomendação do Ministério Público ao comandante-geral da Polícia Militar de que deveria adotar “todas as medidas legais, cabíveis e necessárias para prevenção e, se for o caso, repressão de paralisação ou greve de policiais militares”, conforme foi divulgado pelo órgão no dia 23 de novembro.
Segundo o cabo Reginauro Sousa, presidente da Associação dos Profissionais da Segurança (APS), os órgãos foram oficiados sobre a pauta única, que não é de paralisação e sim demandas para diminuição da violência. A recomendação, conforme as entidades, teria deixado a categoria preocupada em comparecer à assembleia.
Outro fator citado pela APS para o esvaziamento da Assembleia foi a divulgação de medidas em relação aos agentes da Segurança Pública, pelo governador Camilo Santana em sua página no Facebook, onde ele anunciou que está encaminhando para a Assembleia Legislativa a mensagem com a proposta da média salarial do Nordeste.
Outra questão que envolve a segurança dos profissionais foi citada pelo soldado Noélio Oliveira, da APS. A necessidade de gratuidade nos ônibus intermunicipais, que funciona apenas para policiais fardados. A situação os deixa vulneráveis. O líder da Associação dos Agentes Penitenciários, Valdemiro Barbosa reiterou a importância de oferecer armas para os agentes que não possuem condições de comprá-las e da sofisticação do armamento para que os profissionais se defendam.
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