Mulheres protestaram na manhã desta quinta-feira, 1º, em frente ao Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis), no complexo prisional de Itaitinga II, na BR-116. As esposas e mães dos detentos da unidade prisional denunciam descarte de alimentos e materiais de higiene levados por elas, além de maus tratos contra os presos durante vistoria.
Uma das esposas, que preferiu não se identificar, contou que os alimentos e materiais foram jogados no lixo por agentes do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP), nessa quarta-feira, 30. "Uma mãezinha ainda encontrou a sacola que tinha levado a bermuda do filho. Mandaram o caminhão recolher tudo bem rápido quando viram a gente fotografando", disse ao O POVO Online.
Por volta do meio-dia, as manifestantes interditaram a BR-116 no km 27, sentido crescente. Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi deslocada para o local.
Uma outra manifestante informou ainda que, na terça-feira, 29, houve uma vistoria que resultou em agressões contra os detentos. "O diretor falou que essa vistoria era da Secretaria da Justiça para fazer uma limpa", afirma.
A Secretaria da Justiça do Estado (Sejus) informa que será instaurado procedimento administrativo para apurar a ocorrência de alguma ilegalidade na vistoria realizada.
A secretaria respondeu ainda que as vistprias ''são parte da rotina penitenciária’’, e ‘’’cada unidade tem um dia específico para recebimento de materiais, que seguem especificações publicadas em portaria''.
O novo presídio foi anunciado pela Sejus como uma das medidas para contornar a superlotação do sistema carcerário do Estado. Atualmente, 1.500 presos estão recolhidos na Cepis.
AMANDA ARAÚJO
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