"De maneira geral, todas as regiões mostram acomodação no processo de atividade, mas o Norte é a que tem desempenho recente melhor", afirmou Maciel. "Isso se deve, primeiro, à atividade extrativa mineral, no Pará. E a atividade da indústria elétrica e eletrônica também contribui para o resultado", afirmou. Um terceiro setor de importância para esta reação verificada no Norte, em menor grau, é a indústria de fabricação de madeira.
Enquanto o Norte registra avanço da atividade no trimestre encerrado em agosto, depois de já ter visto a economia crescer 1,1% no trimestre encerrado em maio, as demais regiões do País mostram dificuldades. Conforme o Boletim Regional, a atividade no Nordeste caiu 1% no trimestre encerrado em agosto; no Centro-Oeste, cedeu 2,1%; no Sul, recuou 1,1%; e no Sudeste, subiu apenas 0,5%.
Especificamente sobre o Nordeste, Maciel lembrou que os problemas climáticos prejudicaram o desempenho econômico da região - muito dependente do setor. Ao mesmo tempo, existe a expectativa de que, em 2017, a safra no Nordeste seja melhor e, em consequência, a economia como um todo seja favorecida.
Por outro lado, Maciel evitou dizer se a recuperação no Nordeste será mais rápida ou mais lenta que em outras regiões do País. Ele lembrou que a região possui uma fatia grande da renda ligada à administração pública. Em momentos de crise, isso contribui para que a queda econômica ocorra de forma mais lenta que em regiões como o Sudeste. Mas em tempos de recuperação, acaba sendo um problema. "A recuperação do Nordeste será gradual", disse Maciel.
O chefe do Departamento Econômico do BC concedeu nesta sexta-feira, 2, entrevista coletiva em Salvador, na Bahia, sobre o Boletim Regional do Banco Central do Brasil, divulgado mais cedo.
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