O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, designou ontem duas mulheres para seu futuro gabinete, em uma tentativa de injetar diversidade à equipe com a qual governará a partir de 20 de janeiro. A governadora pela Carolina do Sul, Nikki Haley, uma estrela em ascensão da ala mais conservadora do Partido Republicano, será a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, informou ao longo do dia a equipe do futuro chefe da Casa Branca.
A bilionária Betsy DeVos será secretária de Educação. DeVos é uma fervorosa defensora das “charter schools”, escolas que recebem recursos oficiais, mas são administradas como empresas privadas.
Haley e DeVos tornaram-se, assim, as primeiras mulheres a integrar o gabinete de Trump. A nomeação das duas ainda terá que ser aprovada pelo Senado.
No caso de Haley, seu cargo tem status ministerial e sua nomeação não depende do secretário de Estado, posto para o qual Trump ainda não tomou uma decisão.
Aos 44 anos e filha de imigrantes indianos, Haley é considerada uma personalidade em ascensão na ala ultraconservadora do Partido Republicano.
Em nota, manifestou sentir-se “honrada” pela proposta de Trump de representar seu país na ONU, apesar de ter sido severamente criticada durante a campanha eleitoral.
Em fevereiro, Haley chegou a comentar que Trump representava “tudo o que um governador não quer em um presidente”.
DeVos, ao contrário, tem uma longa relação com o Partido Republicano. Sua família está relacionada com a empresa Amway e ela mesma foi dirigente do partido em Michigan. Aos 58 anos, é vista como uma defensora da educação privada. A Fundação DeVos afirma que se dedica a “romper as barreiras às opções na educação”.
Pelo twitter
Trump voltou a usar o Twitter para antecipar seus planos de governo na noite de terça-feira. Em um post, o presidente eleito escreveu que “considerava seriamente” o médico ultraconservador Ben Carson, seu ex-adversário nas prévias republicanas, para o cargo de Habitação e Urbanismo.
Até o momento, Trump nomeou o senador Jeff Sessions como futuro secretário de Justiça e procurador-geral, Mike Pompeo, como chefe da CIA e Reince Priebus como seu chefe de gabinete. Além disso, nomeou o general reformado Mike Flynn como assessor sobre a segurança nacional e o editor Steve Bannon como seu chefe de estratégia.
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