Por falta de peritos, a análise de provas não foi concluída no processo e os quatro policiais militares (PMs) acusados de sequestrar e matar o frentista João Paulo Sousa Rodrigues foram postos em liberdade. O alvará de soltura foi concedido no último dia 21 pela juíza da 5ª Vara Criminal de Fortaleza, Adriana Aguiar Magalhães, que concedeu a liberdade provisória e determinou o monitoramento eletrônico dos quatro policiais. Eles estão em liberdade desde o último dia 22.
Conforme informações divulgadas no site do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), a decisão foi tomada porque prova solicitada pela acusação não foi incluída nos autos. As provas se referem a gravações de interceptação telefônica e, conforme o TJCE, não há previsão de serem realizadas devido à “ausência de peritos da Perícia Forense do Ceará (Pefoce)”.
Três dos acusados estavam presos desde 8 de outubro de 2015 no Presídio Militar e o último, Haroldo Cardoso da Silva, desde 10 de novembro, no Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). Este é policial da reserva remunerada, enquanto os demais, à época do crime, estavam lotados na Força Tática de Apoio (FTA) da 1ª Companhia do 14º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela região de Maracanaú. São eles: os cabos Francisco Wanderley Alves da Silva e Antônio Ferreira Barbosa Júnior; e o soldado Elidson Timóteo Valentim.
João Paulo Sousa Rodrigues não teve o corpo localizado até o momento. Na última vez em que foi visto, em 30 de setembro de 2015, ele entrava em um carro com quatro homens — que seriam os PMS, conforme a investigação da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
Ainda segundo a investigação, ele estava algemado quando entrou no veículo, que estava na avenida Cônego de Castro, bairro Parque Santa Rosa. O Ministério Público denunciou os policiais por extorsão, mediante sequestro, seguido de morte.
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