“Temos que continuar diligentes”, diz o secretário, ressaltando a busca incessante dos Municípios para elevar a autonomia financeira, arrecadar mais e depender cada vez menos das transferências que caíram por conta da queda da atividade econômica. Seguindo essa linha, a arrecadação própria do Município este ano (até agosto) cresceu 3,4%, comparando os mesmos períodos em 2015 e 2016. Destaque para a arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), de R$ 320,6 milhões) e do Imposto Sobre Serviços (ISS), de R$ 444,081 milhões.
O titular Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) explica que o crescimento de 15,6% e de 6,5% na arrecadação desses impostos, respectivamente, resulta de atuações mais eficientes do Fisco com adoção de novas ferramentas tecnológicas e de inteligência de monitoramento dos contribuintes.
Ele descarta aumento de alíquotas dos impostos ou atualização a planta genérica de imóveis de Fortaleza para 2017. Adianta que o trabalho continuará sendo de reduzir a ineficiência e monitoramento por meio de tecnologia que já cadastrou mais 1,1 milhão de metros quadrados de área edificada e mais de 300 mil imóveis.
Jurandir Gurgel salientou ainda o crescimento de 31% no investimento, na comparação com o mesmo período de 2015. De janeiro a agosto deste ano, o Município investiu um total de R$ 388,7 milhões (montante empenhado). Nos últimos 12 meses, o valor do investimento da Prefeitura chegou a R$ 394,5 milhões de recursos do Tesouro em ações e projetos de mobilidade urbana, saúde, educação, entre outros eixos prioritários da administração em diversos bairros da cidade. O secretário avalia que o momento macroeconômico adverso que o Brasil vive, com a conjunção de juros altos, inflação e recessão, provoca queda da atividade econômica com reflexos no nível de consumo das famílias e do investimento e tem impacto nas arrecadações federal e estaduais com a redução dos repasses da União e dos Estados. “Isso tem exigido uma gestão cada vez mais eficiente”, completa Jurandir Gurgel.
No caso de Fortaleza, as transferências (repasses) da União e do Estado representam 45% das receitas do Município. A queda foi em termos reais porque nominalmente o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) cresceu 2,8% e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), 0,5%.
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