Já há número suficiente de senadores para aprovar o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff (PT). Pelo menos 54 parlamentares se manifestaram publicamente, desde o início do julgamento, pela saída da petista da Presidência da República.
Os placares dos jornais Estado de São Paulo e Folha de S. Paulo confirmam o número. Outros 20 senadores se posicionaram contra o afastamento.
A sessão de hoje começa às 11 horas da manhã, depois de ter atravessado a madrugada durante pronunciamento dos senadores.
Caso nenhum dos 54 senadores mude o seu voto, o patamar (dois terços do total) garante a cassação do mandato da presidente e posterior oficialização de Michel Temer (PMDB) como chefe do Executivo nacional até 31 de dezembro de 2018.
Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido no Ceará, contabiliza entre 58 e 60 votos a favor do impeachment. O processo foi deflagrado em dezembro do ano passado, com a aceitação do pedido na Câmara dos Deputados.
Em 12 de maio deste ano, 55 senadores votaram favoravelmente à admissibilidade da denúncia; 22 foram contra.
José Pimentel (PT-CE) afirmou que aliados de Dilma ainda lutam para reverter votos. “A razão de ser de qualquer partido político é ser governo, e estamos lutando para continuar”, respondeu.
Durante todo o dia de ontem e parte da madrugada de hoje, 66 senadores contrários e favoráveis ao impeachment se pronunciaram, momento no qual muitos anteciparam como deverão votar hoje.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse que ficou demonstrado, “de modo cristalino”, que Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Para Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o Senado fará justiça ao aprovar o impeachment. De acordo com ele, Dilma elegeu-se em 2014 “mentindo” aos eleitores. “Para sustentar as mentiras, fraudaram a contabilidade pública”, criticou.
Última etapa
Hoje, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, fará a leitura do resumo do processo com as alegações da acusação e da defesa.
Em seguida, dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada um para encaminhamento da votação que definirá o futuro da presidente.
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