O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promoveu um protesto contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer, e os cortes doMinha Casa Minha Vida (MCMV), nesta sexta-feira, 10, em Fortaleza. Os manifestantes realizaram uma caminhada da praça Coração de Jesus, no Centro, até a praça Pio XII, em frente à Igreja de Fátima, no bairro de Fátima. O ato segue a agenda do Dia Nacional de Lutas, que resultou em manifestações em todo o Brasil.
Entre os manifestantes, estão famílias contempladas pelo MCMV de comunidades da Grande Messejana, do Grande Bom Jardim, de Maracanaú e do Vicente Pinzón, além daquelas que foram desapropriadas e ainda não foram contempladas em nenhum programa de habitação. Segundo Dóris Soares, um dos coordenadores estaduais do MTST, o atual governo é considerado pelo movimento como um retrocesso. "Nosso ato denuncia o governo golpista, pautando a questão da moradia. Houve cortes do Minha Casa Minha Vida e o Ministério das Cidades é um retrocesso de tudo que havia avançado. Houve cortes de algumas portarias que o governo Dilma assinou no final do mandato (até o impeachment)", disse ele.
O protesto do MTST é uma reação à decisão do ministro das Cidades, Bruno Araújo, de suspender a contratação de 11.250 moradias da modalidade Entidades do MCMV, revogando a portaria assinada pela presidente afastada, Dilma Rousseff, nos últimos dias da petista a frente do governo. "Estão tentando barrar o programa todo, querem tirar os aportes. Isso vai fazer com que uma pessoa, com faixa de renda até R$ 1.800, não tenha mais acesso a moradia. Defendemos o MCMV, em especial a modalidade Entidade. Queremos que o programa seja mantido e avance ainda mais", relatou Dóris Soares.
De acordo com o coordenador estadual, as famílias contempladas pelo programa temem que, com os cortes, haja um aumento considerável nos preços das prestações. "Fizemos um ato na Caixa Econômica Federal, porque a gente não sabe se virá a prestação revisada. Se vier aumento, não vamos aceitar", finalizou Soares. Também participaram do protesto movimentos sociais como O Povo Sem Medo, o Movimento de Lutas nos Bairros, a Unidade Classista Luta por Moradia e a Associação dos Moradores do Alto da Paz.
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