Nas médias indústrias, este indicador é de 49%, enquanto que nas pequenas o percentual chega a 48%. É o resultado mais baixo desde o início da série histórica, em 2011. “Nas grandes indústrias, o uso da capacidade instalada ainda é de 75%, isso ocorre porque apesar de sentirem os efeitos da crise, as empresas maiores possuem contratos mais longos. As menores, não. Elas e acabam sendo mais impactadas pelo humor do mercado”, afirmou o assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Carlos Manso.
Para se ter uma ideia do atual cenário que a indústria cearense enfrenta, em abril de 2015, a capacidade instalada era de 71%. Em 2012, antes da crise econômica, o mesmo indicador alcançou picos de 78%. “Naturalmente, a menor capacidade instalada guarda relação com as menores vendas, nesse contexto de recessão econômica”.
Apesar de ter diminuído a produção, os estoques continuam acima do desejado pelas empresas. O que acaba se refletindo no número de empregados, que segue abaixo da linha dos 50 pontos (41,3 em abril). “Isso indica que a indústria permanece reduzindo seu quadro de pessoal, o que é esperado, afinal, com menor demanda pelos seus produtos, as empresas tendem a reduzir seus custos de produção”.
Para Manso, a expectativa dos industriais, embora tenha melhorado um pouco com a troca de governo, permanece pessimista em relação à demanda. “E isso repercute cenários ainda difíceis para a contratação de pessoal e para os investimentos. Por sua vez, os estoques devem continuar acima do desejado pelas empresas”, explicou o economista, ressaltando que uma retomada da confiança só deve ocorrer na medida em que as medidas econômicas para recuperar a economia começarem a surtir o efeito desejado.
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