O envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para o Ceará foi oficialmente determinado pelo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes. A ordem foi publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU). A previsão é de que eles cheguem hoje ao Estado, mas a Secretaria da Justiça informou que não será divulgada a chegada exata por questão de segurança.
Devido ao caráter emergencial do reforço para conter a crise no sistema, os militares estão a caminho do Estado desde a última segunda-feira, 23.
Ainda na manhã de ontem, o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou investigação sobre a crise nas unidades cearenses.
De acordo com Élcio Batista, chefe do gabinete do governador, pelo menos 100 militares devem chegar ao Ceará. Eles vêm em comboio de Brasília, a 2,1 mil quilômetros de Fortaleza. Mais 120 homens estão à disposição, caso seja necessário reforço. Na manhã de ontem, os veículos estavam a cerca de mil quilômetros da Capital.
Inicialmente, o reforço será por 15 dias, mas a estada poderá ser prorrogada. As informações são do Ministério da Justiça e Cidadania. Conforme o Governo do Estado, o reforço atuará dentro e no entorno dos presídios. A intenção é reforçar a segurança durante a recuperação das instalações destruídas nas rebeliões.
CNJ
Os “graves episódios” e as ações tomadas pelo Estado durante os atos registrados no último fim de semana passarão por investigação do CNJ, determinou o ministro Ricardo Lewandowski. O presidente do CNJ “determinou ao Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) a busca de informações junto ao Judiciário e ao Governo do Estado sobre a situação atual e os encaminhamentos feitos até o momento, a fim de organizar, se for o caso, uma estratégia de ação mais abrangente”, informou, em nota, o conselho.
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