quinta-feira, 12 de maio de 2016

Lindbergh diz que PSDB é o maior derrotado com o processo de impeachment

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o PSDB é o “principal derrotado” com o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “O senador Aécio, em junho [do ano passado] tinha 35% das intenções de voto e agora tem 17%”, disse. Segundo o parlamentar, o partido será “sócio minoritário de um governo falido que vai ser o governo [do vice-presidente] Michel Temer”.

Lindbergh classificou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff como um “golpe parlamentar”. “Para a história de nosso país, isso aqui vai passar como um golpe parlamentar contra a democracia brasileira", disse o senador. "A maioria da população vai reconhecer isso aqui como um golpe".

O senador disse também que o PT não reconhecerá a legitimidade de um eventual governo Temer, caso a presidenta Dilma Rousseff venha a ser afastada. “Nós vamos fazer uma dura oposição, não vamos aceitar retirada de direitos de trabalhadores e das conquistas sociais garantidas durante nosso governo”, disse.
Segundo o senador, Temer não conseguirá se firmar durante o perído de afastamento de Dilma. Ele disse que a presidenta conseguirá retomar o cargo no julgamento final do impeachment. "Daqui a três, quatro meses, no julgamento definitivo, nós colocaremos Temer, esse impostor, para fora do Palácio do Planalto".

Vargas e João Goulart

Já passava de uma da madrugada do dia 12 quando o senador petista ocupou a tribuna para fazer o seu discurso no qual citou os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulat, vítimas de complôs que resultaram no suicídio do primeiro e na deposição do segundo.

“As elites desse país nunca tiveram compromisso verdadeiro com a democracia. Basta olhar para nossa história: para Getúlio, para Juscelino e João Goulart. A frase de Carlos Lacerda está na história: Getúlio não pode ser candidato, se for não pode ser eleito, se for eleito não pode tomar posse, se tomar posse não pode governar. E a gente sabe o que fizeram com Getúlio, principalmente depois que ele criou a Petrobras, em 1953 e o monopólio estatal do petróleo”, disse.

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