Por folgada margem de votos, os senadores aprovaram na comissão do impeachment, na última sexta-feira, 6, a continuidade do processo de deposição contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Está prevista para a próxima quarta-feira, 11, a votação no plenário da Casa que decidirá se afasta ou não a petista do cargo. A previsão, no entanto, é que o afastamento seja inevitável pelas declarações públicas da maioria dos senadores até o momento.
Dilma poderá ser afastada por pelo menos 180 dias enquanto as investigações tramitam no Senado. Seu julgamento passará por uma longa batalha entre aliados e oposicionistas, que agora devem compor o provável governo Temer.
O POVO conversou com dois senadores que integraram a comissão do impeachment no Senado e que se mostram muito atuantes na defesa de suas convicções no processo de impedimento de Dilma Rousseff.
DEM X PT
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) quer a saída da presidente do cargo por acreditar no crime de responsabilidade. Segundo ele, os erros foram além das chamadas “pedaladas fiscais”. O parlamentar defende que seu partido integre o governo Temer por acreditar que o possível futuro presidente fará o “dever de casa” na administração federal.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirma que a presidente Dilma está sendo afastada do cargo por problemas políticos com os ex-aliados, e não por crime de responsabilidade.
A petista afirma que seu partido manterá o discurso em defesa do seu legado durante os governo Lula e Dilma. Ela ainda tem esperança no retorno de Dilma após possível afastamento.
Apesar do embate com o PMDB de Temer e Cunha, a senadora não descarta manter a aliança com os partidos nas disputas locais, principalmente nas campanhas das prefeituras em vários Estados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário