Ao todo, podem reforçar bancadas 15 deputados a favor do pedido e outros cinco contra. Além de “afastar” suplentes que não votem conforme seus interesses, governadores têm usado estrutura dos Estados para pressionar parlamentares na votação.
Na semana passada, por exemplo, cúpula do PSDB aprovou posição pró-impeachment, incluindo ação dos seis governadores da sigla pela busca de votos em seus estados. Já o governador da Bahia, Rui Costa (PT), participa de reuniões com partidos aliados desde a terça-feira em Brasília. Costa teria conquistado cinco votos do PSD baiano.
Em São Paulo, cinco secretários de Geraldo Alckmin (PSDB) deixaram o governo só neste mês - todos votam pelo afastamento de Dilma. Já Wellington Dias (PT), do Piauí, exonerou o secretário de Segurança e a primeira-dama do Estado, Rejane Dias (PT), que votarão contra o pedido.
Camilo Santana
No Ceará, único secretário cotado para deixar o cargo e voltar à Câmara é o assessor especial do governo em Brasília, Adail Carneiro. Atualmente, ocupa a vaga o suplente Paulo Henrique Lustosa (PP), que ainda não definiu seu voto no processo. “O governador me chamou para conversar, o que deve ocorrer já hoje”, confirma Adail.
Sem antecipar conteúdo da conversa, o deputado está hoje “em cima do muro”, sem confirmar voto a favor ou contra o impeachment. “Essa questão a gente precisa estar bem atento. Eu, tecnicamente, não vejo motivo para impeachment, mas tem a vontade da sociedade. A gente tem que estar atento ao nosso governador, mas também ao partido”, disse.
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