Atrás de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, abriu-se uma faixa que pedia: “Fora, Cunha”. Naquela ocasião, um domingo, 17, a Casa autorizou a abertura do impeachment de Dilma Rousseff (PT), mas hoje seu Conselho de Ética extrapola prazo para conclusão do processo que pode cassar Cunha e luta para continuar a investigação sem data para o fim.
“Nós não precisamos encerrar o processo, vamos com isso até o final”, disse o presidente do Conselho José Carlos Araújo (PSD-BA), que ignora o dia limite estabelecido e estipula que o relatório deve ser entregue entre os dias 15 e 20 de maio. O atraso, segundo ele, é fruto das manobras de Cunha.
De 13 de outubro, dia do início da ação contra ele, para cá, vários integrantes da Comissão – incluindo o primeiro relator, Fausto Pinato (PP-SP) –, já foram trocados. Ações para retardar andamento do processo devem continuar até reta final, aposta Araújo, que disse que a estratégia é não questionar o que cause menos danos para não adiar ainda mais.
Semana passada, o vice da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA) limitou a investigação do Conselho. Ele quer que a única acusação contra Cunha seja a “mentira” sobre não possuir contas na Suíça.
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