terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

PF investiga publicitário João Santana por remessas ao Exterior

A nova etapa da Operação Lava Jato, deflagrada ontem e intitulada “Acarajé”, teve oito mandados de prisão decretados, entre eles estão o do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura. O casal está fora do País, em viagem à República Dominicana, mas já embarcou rumo ao Brasil. Os mandados deles são de prisão temporária. 
A polícia apreendeu na casa do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do Estaleiro Keppel Fels, documentos em que a esposa dá orientações de como enviar dinheiro para contas no Exterior. Um dos documentos é assinado por Mônica - com o sobrenome Santana. Zwi Skornicki foi preso preventivamente na operação de ontem. Ele é suspeito de fazer pagamento de propinas em negócios com a Petrobras.

A polícia também identificou um email de Mônica para um grupo de funcionários da construtora Odebrecht, que era responsável pelos pagamentos da empresa no Exterior. O destino final dos repasses seriam contas na Suíça, a partir de financeiras localizadas nos Estados Unidos.

Segundo os investigadores, Mônica enviou um contrato de referência usado anteriormente como modelo para simular a prestação de serviços. Apesar de rasurado, de forma a dificultar a identificação de algumas informações, peritos da PF conseguiram identificar o conteúdo, o que acabou por agregar mais provas e abrir novas frentes de investigações.

Tendo por base essas informações, a PF fez pedido de cooperação ao governo norte-americano. “A suspeita é que o pagamento veio de serviços eleitorais prestados ao PT”, disse o delegado Filipe Pace. João Santana coordenou as duas campanhas da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e a campanha de reeleição do ex- presidente Lula, em 2006.

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