NO CEARÁ
Pornografia infantil: mais de um preso por mês
Na última operação, a PF capturou um homem em Fortaleza e apreendeu vasto material envolvendo crianças
00:00 · 30.10.2015
Mais de uma pessoa foi presa por mês por produzir, armazenar ou compartilhar conteúdo pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes neste ano, no Ceará. Os dados, ainda em conclusão, são da Delegacia de Defesa Institucional (DDI) da Polícia Federal (PF). As operações realizadas pela Especializada já resultaram em mais de dez pessoas capturadas por esses crimes de janeiro a outubro de 2015.
A última ofensiva da PF, denominada 'Operação Infância Digna', foi deflagrada ontem, em quatro bairros de Fortaleza. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, que resultaram na prisão de um homem e na apreensão de vasto material pornográfico.
Os mandados foram cumpridos nos bairros Messejana, Farias Brito, Damas e Maraponga. Foram apreendidos notebooks, celulares, smartphones, pen drives, HDs externos e cartões de memória contendo cenas pornográficas e de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.
De acordo com a Polícia Federal, o preso, que não teve o nome revelado e não possuía antecedentes criminais, é um designer gráfico de 34 anos. Ele foi detido em flagrante em uma residência no bairro Farias Brito. Com o suspeito, os agentes federais encontraram diversos arquivos de vídeos com pornografia infantil.
O homem foi conduzido à Superintendência da Policia Federal, onde prestou depoimento ainda ontem acerca do crime. O designer gráfico foi autuado por "adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente". O crime está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente com pena prevista de um ano a quatro anos de reclusão, além do pagamento de multa.
O homem confessou que armazenava vídeos com conteúdo pornográfico. No entanto, apesar do flagrante, ele pagou fiança e foi liberado em seguida.
A delegada Juliana Pacheco, titular da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal no Ceará, informou que todo o material apreendido vai passar por perícia técnica. A investigação seguirá para tentar identificar se o suspeito foi o responsável também pela produção e compartilhamento das mídias.
Caso seja comprovado, ele poderá responder também por compartilhar ou produzir vídeo pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes. A pena pode variar de três a oito anos de reclusão, além de multa. Juliana Pacheco ressaltou que as investigações devem continuar para tentar identificar outros criminosos. A análise das imagens apreendidas será feita dentro dos próximos dias pelos peritos da Polícia Federal. O resultado da perícia pode auxiliar na identificação de outros envolvidos nessa prática criminal.
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