CONTAS PENDENTES
Filas aumentam após o fim da greve nos bancos
Demanda acumulada durante os 23 dias de paralisação dos bancários gerou maior movimento
00:00 · 30.10.2015 por Bruno Cabral - Repórter
O primeiro dia após o fim da greve dos bancos públicos foi de longas filas de reclamações por parte de correntistas. A demora no atendimento atingiu, principalmente, clientes da Caixa Econômica Federal, onde filas ocupavam as calçadas, mesmo durante a tarde. Nas agências do Banco do Brasil, o movimento também foi acima da média, sobretudo no período da manhã. Entre as principais demandas dos clientes da Caixa estavam os saques de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de seguro desemprego.
Em algumas agências, as filas começaram a se formar antes das 8h. "Tem gente há mais de duas horas aqui na fila (na calçada) e que ainda não conseguiu entrar na agência", disse o pastor Francisco Ferreira, que acompanhava uma filha na agência da Caixa da Rua Floriano Peixoto, no Centro de Fortaleza.
"A gente já sofre quando os bancos estão funcionando normalmente, mas agora, depois de 23 dias de greve, eles deveriam agilizar o atendimento", lamentou o pastor.
O auxiliar de cozinheiro Vilmar Vieira, 56, disse que durante o período de greve tentou em várias agências da Caixa sacar o seu seguro desemprego, sem sucesso. "Não consegui ser atendido. Era muita gente, estava tudo fechado e não fui nem recebido", afirmou. Sem o dinheiro do seguro desemprego, Vieira disse que precisou pedir empréstimos para pagar as contas. "Só agora vou receber a primeira parcela do seguro. Passei 15 dias sem poder pagar minhas contas e hoje estou devendo", contou.
Já a vendedora Cristina Freitas, 37, não teve dificuldade para ser atendida no Banco do Brasil da Avenida do Imperador, também no Centro.
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