sexta-feira, 9 de outubro de 2015

DECRETO DO GOVERNO

Crise hídrica acirra disputa por água

O Governo do Estado diz que pretende comprar mais vinte máquinas perfuratrizes para amenizar a situação

00:00 · 09.10.2015 por Alex Pimentel - Colaborador
O açude Sousa, em Canindé, encontra-se seco e sua bomba desativada ( FOTO: CID BARBOSA )
Quixeramobim. A decisão do Governo do Estado, de decretar "situação crítica de escassez hídrica em todo o Ceará", não é surpresa em algumas regiões do Interior, como o Sertão Central. Noutras, como o Centro-Sul, a divulgação obteve ampla repercussão. O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Expedito Nascimento, prefeito de Piquet Carneiro espera que, após o decreto emergencial reconhecendo a crise hídrica em todo o território cearense, aconteçam novas ações emergenciais, principalmente, a perfuração de mais poços. Enquanto isso, em várias localidades do sertão, a disputa pela água se acirra.
O representante dos prefeitos cearenses reconhece o esforço do Governo em buscar soluções para a crise. Equipes da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) estão realizando estudos geológicos e orientando a perfuração de poços nas cidades onde a situação está mais crítica. Mas há a necessidade de perfuração de mais poços, em menor tempo. Ele espera que o impacto da divulgação do ato declaratório hídrico tenha serviço de alerta para a população, inclusive da capital, quanto à necessidade do uso consciente, do racionamento de água.
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O prefeito de Quixeramobim, no Sertão Central, Cirilo Pimenta, faz a mesma avaliação. Desde 1993 a sua cidade não tinha passado por situação tão crítica. Enquanto a adutora do açude Pedras Brancas, em Banabuiú, não é concluída, para o abastecimento de cerca de 50 mil habitantes, já que os açudes do Município secaram, a salvação está vindo dos carros-pipa e do subsolo, de onde a água está sendo captada. Ele atribuiu o quadro atual ao descontrole dos recursos do açude Arrojado Lisboa, em Banabuiú. Muita água foi desperdiçada. O alerta é feito também para quem mora em Fortaleza.
Contra a liberação

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