Com a oferta de medicamentos até 90% mais baratos, 192 estabelecimentos comerciais de Fortaleza que integram o programa federal Aqui Tem Farmácia Popular devem ter repasses zerados em 2016. A proposta orçamentária da União para o ano que vem diminui em R$ 578 milhões a verba para o programa Farmácia Popular e, com isso, acaba com a venda de produtos com desconto (ou cofinanciados), como contraceptivos, fraldas geriátricas e medicamentos para hipertensão, diabetes, rinite, Mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma e outros.
Se aprovado pelo Congresso Nacional, o corte vai causar impactos sociais considerados “inestimáveis” pelo presidente do Conselho Regional de Farmácias do Ceará (CRF-CE), Jacó Albuquerque. Para Jacó, a rede de Saúde no Ceará, que já carece de recursos, pode ficar ainda mais comprometida se o cidadão que não tiver condições financeiras de comprar o medicamento pelo preço real recorrer aos postos de saúde e não encontrar assistência.
“Em algumas situações, a falta do medicamento pode induzir uma doença mais grave”, adverte.
Na última quinta-feira, 1º, o Ministério da Saúde se posicionou sobre o assunto e informou, em nota, que “não há nenhuma proposta do Governo Federal no sentido de acabar com o programa Farmácia Popular” e, apesar da proposta de corte, os medicamentos para controle de diabetes, asma e hipertensão devem continuar a ser ofertados gratuitamente.
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